Venezuela declara embaixador espanhol em Caracas "persona non grata"
Caracas, 25 jan (EFE).- O Governo venezuelano declarou nesta quinta-feira "persona non grata" o embaixador espanhol em Caracas, Jesús Silva Fernández, pelas contínuas "agressões e recorrentes atos de ingerência" do Governo espanhol nos assuntos internos da Venezuela.
"O Governo Bolivariano da Venezuela decidiu declarar 'persona non grata' o Embaixador do Reino da Espanha, Jesús Silva Fernández", diz o comunicado publicado pelo chanceler venezuelano, Jorge Arreaza.
Ainda que em casos como este a pessoa declarada deva abandonar o país, o comunicado emitido hoje por Caracas não ordena expressamente a expulsão do embaixador Silva e nem fixa prazos neste sentido.
Caracas expressou "sua categórica rejeição" a algumas declarações que Rajoy fez ontem, quando qualificou como "muito merecidas" as sanções aprovadas nesta semana pela União Europeia (UE) contra sete altos funcionários venezuelanos.
Rajoy considerou "sensato e razoável" que a Espanha lidere a ação política da UE perante a situação na Venezuela, porque, disse, "é a sua obrigação e alguém tem que ajudar" os venezuelanos perante "as brutais decisões e a forma de entender a democracia do senhor Maduro".
O Governo venezuelano criticou estas "medidas restritivas", e disse que são contrárias "aos mais elementares princípios do Direito Internacional".
Além disso, acusou Rajoy de ter se comprometido perante os Estados Unidos a liderar os "ataques à soberania e independência do Povo venezuelano com os seus parceiros europeus, em troca de inconfessáveis benefícios políticos e econômicos para proveito particular de uma parte da cúpula que governa a Espanha".
O comunicado do chanceler aponta também a Espanha como "um dos países mais desiguais da Europa" e celebra que os venezuelanos "por sorte não têm que sofrer com as decisões" das políticas de Estado aplicadas por Rajoy.
"O Governo bolivariano lembra ao Governo espanhol que o caráter soberano e independente da nossa República Bolivariana foi conquistado através de um complexo processo de liberdade que culminou com a expulsão definitiva das forças invasoras imperiais há quase 200 anos", acrescenta a nota oficial.
A Venezuela chamou ontem para consultas seu embaixador em Madri, Mario Isea, devido à agressão "colonialista" do Governo da Espanha.
Arreaza entregou também ontem uma "contundente" nota de protesto a diplomatas da União Europeia (UE) credenciados no país, e prometeu "respostas" em "distintas dimensões", depois das sanções do bloco. EFE
hp/ff
(vídeo)
"O Governo Bolivariano da Venezuela decidiu declarar 'persona non grata' o Embaixador do Reino da Espanha, Jesús Silva Fernández", diz o comunicado publicado pelo chanceler venezuelano, Jorge Arreaza.
Ainda que em casos como este a pessoa declarada deva abandonar o país, o comunicado emitido hoje por Caracas não ordena expressamente a expulsão do embaixador Silva e nem fixa prazos neste sentido.
Caracas expressou "sua categórica rejeição" a algumas declarações que Rajoy fez ontem, quando qualificou como "muito merecidas" as sanções aprovadas nesta semana pela União Europeia (UE) contra sete altos funcionários venezuelanos.
Rajoy considerou "sensato e razoável" que a Espanha lidere a ação política da UE perante a situação na Venezuela, porque, disse, "é a sua obrigação e alguém tem que ajudar" os venezuelanos perante "as brutais decisões e a forma de entender a democracia do senhor Maduro".
O Governo venezuelano criticou estas "medidas restritivas", e disse que são contrárias "aos mais elementares princípios do Direito Internacional".
Além disso, acusou Rajoy de ter se comprometido perante os Estados Unidos a liderar os "ataques à soberania e independência do Povo venezuelano com os seus parceiros europeus, em troca de inconfessáveis benefícios políticos e econômicos para proveito particular de uma parte da cúpula que governa a Espanha".
O comunicado do chanceler aponta também a Espanha como "um dos países mais desiguais da Europa" e celebra que os venezuelanos "por sorte não têm que sofrer com as decisões" das políticas de Estado aplicadas por Rajoy.
"O Governo bolivariano lembra ao Governo espanhol que o caráter soberano e independente da nossa República Bolivariana foi conquistado através de um complexo processo de liberdade que culminou com a expulsão definitiva das forças invasoras imperiais há quase 200 anos", acrescenta a nota oficial.
A Venezuela chamou ontem para consultas seu embaixador em Madri, Mario Isea, devido à agressão "colonialista" do Governo da Espanha.
Arreaza entregou também ontem uma "contundente" nota de protesto a diplomatas da União Europeia (UE) credenciados no país, e prometeu "respostas" em "distintas dimensões", depois das sanções do bloco. EFE
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