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Principal opositor de Putin, Navalny é detido em protesto no centro de Moscou

Navalny é cercado e detido por policiais durante manifestação - Evgeny Feldman/AP
Navalny é cercado e detido por policiais durante manifestação Imagem: Evgeny Feldman/AP

28/01/2018 10h28

Moscou, 28 jan (EFE).- O líder opositor Alexei Navalny foi detido neste domingo (28) no centro de Moscou durante um protesto que pede um boicote às eleições presidenciais do próximo dia 18 de março.

"Me prenderam, mas não tem importância. Fui à (rua) Tverskaya. Não fiz isso por mim, mas por vocês e por nosso futuro", escreveu Navalny, que tinha convocado o protesto, pelo Twitter.

Navalny percorreu ao lado de centenas de manifestantes a rua Tverskaya, uma das principais do centro da capital do país, antes de ser preso. A polícia de Moscou disse que o opositor provocou os agentes para que eles o prendessem, segundo a emissora "Dozhd".

Milhares de pessoas estão reunidas na praça Pushkinskaya, que divide a rua Tverskaya em dois, apesar de um forte esquema de segurança montado para o protesto de boicote às eleições.

Cerca de 90 pessoas foram detidas em várias cidades da Rússia por participar de manifestações similares à da capital. O maior número de prisões ocorreu nas cidades de Khabarovsk, Kemerovo, Tomsk e Ufa.

O canal no YouTube "Navalny Live" transmite ao vivo imagens do protesto por toda a Rússia, apesar de a polícia de Moscou ter tentado irromper a transmissão após invadir a sede do Fundo de Luta contra a Corrupção, entidade liderada pelo opositor.

Os agentes prenderam cinco aliados de Navalny no local e esvaziaram todo o shopping onde está a sede da entidade com o pretexto de que havia uma bomba no edifício.

Os opositores afirmam que a polícia está procurando o novo centro de transmissão do "Navalny Live" para interromper a exibição dos protestos pela internet.

O Ministério do Interior da Rússia alertou que reprimirá "duramente" os protestos ilegais.

Navalny convocou as manifestações de hoje depois de ser proibido de disputar as eleições presidenciais, com o argumento de que tem antecedentes criminais. O opositor considera as acusações como um tipo de perseguição política.