Milhares de pessoas aguardam para ver "posse" de Odinga no Quênia
Nairóbi, 30 jan (EFE).- Dezenas de milhares de simpatizantes de Raila Odinga aguardam nesta terça-feira em um parque de Nairóbi para acompanhar sua posse como presidente enquanto a equipe do líder decide quais passos tomar após a censura da maioria das emissoras de televisão do país, segundo a imprensa local.
A posse do líder opositor, que deveria acontecer às 13h local (8h, em Brasília), atrasou e inclusive pode ser cancelada devido aos últimos eventos, indicou o diretor-executivo da coalizão Super Aliança Nacional (Nasa), Norman Magaya, segundo o jornal "The Star".
Magaya se referia à decisão da Autoridade de Comunicações do Quênia de desligar nesta manhã a transmissão ao vivo de televisões locais na maior parte do país pela cobertura do juramento de Odinga, que considera fraudulento o último processo eleitoral e não reconhece o presidente eleito, Uhuru Kenyatta.
A Autoridade de Comunicações interrompeu as transmissões das emissoras "Citizen", "KTN", "NTV" e "Inooro" e apagou momentaneamente os canais "KTN Home" e "KTN News", ainda que podem ser vistos ao vivo através da internet.
O "número dois" da Nasa, Kalonzo Musyoka, que deve jurar hoje como vice-presidente, qualificou o ato de "ditadura sem paliativos".
"Vamos consultar para saber o que fazer, porque é muito ruim para a Autoridade de Comunicações fazer o que fez. Não sabemos se também vão desligar os nossos telefones", disse Musyoka aos jornalistas desde a porta de sua casa.
Odinga, por sua vez, disse em declarações à televisão local "KTN" que se sente "seguro entre as pessoas" e que as pessoas "o protegem".
"Não trata-se de mim como indivíduo, represento um símbolo do nosso destino", acrescentou Odinga, cuja presença é esperada nas próximas horas no parque Uhuru, onde é aguardado por dezenas de milhares dos seus seguidores.
"Durante a manhã, a polícia chegou ao parque, mas nós temos certeza de que não vai a haver problema no juramento de Odinga, ele é o presidente das pessoas", disse à Efe um de seus simpatizantes, Boniface Oduor.
A polícia dispersou com gás lacrimogêneos alguns partidários da Nasa que tinham interrompido o trânsito na avenida Kenyatta, junto ao parque Uhuru, mas dezenas de milhares de quenianos seguem no local à espera do juramento.
O Procurador-Geral, Githu Muigai, alertou que a posse pode ser em um delito de alta traição, castigado com pena de morte, ainda que o país não execute nenhum preso desde 1987.
A Nasa assegura, desde o mesmo dia das eleições, em 8 de agosto de 2017, que o processo foi fraudulento, e ainda que o impugnou com sucesso, decidiu boicotar a repetição das eleições presidenciais, realizadas em outubro, por isso que Kenyatta obteve mais de 98% dos votos e foi investido presidente em novembro.
A posse do líder opositor, que deveria acontecer às 13h local (8h, em Brasília), atrasou e inclusive pode ser cancelada devido aos últimos eventos, indicou o diretor-executivo da coalizão Super Aliança Nacional (Nasa), Norman Magaya, segundo o jornal "The Star".
Magaya se referia à decisão da Autoridade de Comunicações do Quênia de desligar nesta manhã a transmissão ao vivo de televisões locais na maior parte do país pela cobertura do juramento de Odinga, que considera fraudulento o último processo eleitoral e não reconhece o presidente eleito, Uhuru Kenyatta.
A Autoridade de Comunicações interrompeu as transmissões das emissoras "Citizen", "KTN", "NTV" e "Inooro" e apagou momentaneamente os canais "KTN Home" e "KTN News", ainda que podem ser vistos ao vivo através da internet.
O "número dois" da Nasa, Kalonzo Musyoka, que deve jurar hoje como vice-presidente, qualificou o ato de "ditadura sem paliativos".
"Vamos consultar para saber o que fazer, porque é muito ruim para a Autoridade de Comunicações fazer o que fez. Não sabemos se também vão desligar os nossos telefones", disse Musyoka aos jornalistas desde a porta de sua casa.
Odinga, por sua vez, disse em declarações à televisão local "KTN" que se sente "seguro entre as pessoas" e que as pessoas "o protegem".
"Não trata-se de mim como indivíduo, represento um símbolo do nosso destino", acrescentou Odinga, cuja presença é esperada nas próximas horas no parque Uhuru, onde é aguardado por dezenas de milhares dos seus seguidores.
"Durante a manhã, a polícia chegou ao parque, mas nós temos certeza de que não vai a haver problema no juramento de Odinga, ele é o presidente das pessoas", disse à Efe um de seus simpatizantes, Boniface Oduor.
A polícia dispersou com gás lacrimogêneos alguns partidários da Nasa que tinham interrompido o trânsito na avenida Kenyatta, junto ao parque Uhuru, mas dezenas de milhares de quenianos seguem no local à espera do juramento.
O Procurador-Geral, Githu Muigai, alertou que a posse pode ser em um delito de alta traição, castigado com pena de morte, ainda que o país não execute nenhum preso desde 1987.
A Nasa assegura, desde o mesmo dia das eleições, em 8 de agosto de 2017, que o processo foi fraudulento, e ainda que o impugnou com sucesso, decidiu boicotar a repetição das eleições presidenciais, realizadas em outubro, por isso que Kenyatta obteve mais de 98% dos votos e foi investido presidente em novembro.
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