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Vice dos EUA não planeja contatos com norte-coreanos durante Jogos de Inverno

05/02/2018 19h24

Washington, 5 fev (EFE).- O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, não planeja manter qualquer contato com representantes norte-coreanos durante sua visita à Coreia do Sul para assistir aos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, informou nesta segunda-feira a Casa Branca.

"Claro que o vice-presidente não está buscando uma reunião com os norte-coreanos", disse um funcionário do alto escalão do governo americano, que pediu anonimato, em uma entrevista telefônica.

Pence inicia hoje uma viagem de seis dias a Japão e Coreia do Sul com o objetivo de liderar a delegação americana nos Jogos de PyeongChang, e alguns analistas especularam a possibilidade de um encontro com Kim Yong-nam, presidente honorário da Coreia do Norte.

Kim comparecerá no dia 9 de fevereiro à recepção oficial para governantes por ocasião da abertura dos Jogos e coincidirá com Pence e com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, no evento.

Ainda que Kim não esteja ligado ao desenvolvimento de armas do regime norte-coreano, nem sujeito a sanções, a Casa Branca exigiu que a Coreia do Norte faça avanços rumo à desnuclearização antes de iniciar qualquer diálogo.

Além disso, Pence planeja comparecer ao condado sul-coreano de PyeongChang com uma advertência, a de que a "propaganda" da Coreia do Norte em seus esforços de distensão com o Sul não deveria tirar o foco do mundo para a deplorável "situação de direitos humanos" no país comunista, explicou o funcionário.

De fato, Pence convidou para se juntar à delegação americana Fred Warmbier, o pai de Otto Warmbier, um turista americano que morreu em junho após retornar da Coreia do Norte em estado de coma, após mais de um ano preso no país.

"Fred aceitou ser seu convidado, assim que estará nos Jogos Olímpicos, sentado ao lado do vice-presidente e de sua esposa", afirmou o funcionário.

Desde que chegou ao poder há um ano, Trump manteve uma dura retórica contra Pyongyang devido a seu programa nuclear e de mísseis, mas, nas últimas semanas, também enfatizou as violações de direitos humanos do país asiático, em uma aparente mudança em sua estratégia de pressão contra a Coreia do Norte.