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Ex-presidente da Geórgia chega a Amsterdã para estabelecer-se na Holanda

14/02/2018 11h43

Haia, 14 fev (EFE).- O ex-presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, acusado em Kiev de tentar derrubar o governo do presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, e deportado na segunda-feira passada à Polônia, chegou nesta quarta-feira a Amsterdã para estabelecer-se na Holanda junto com sua família, segundo confirmou seu advogado Oscar Hammerstein.

O agora ex-presidente apátrida da Geórgia foi deportado em um avião charter a Varsóvia pela Ucrânia na segunda-feira pela tarde após ser detido por agentes da polícia de fronteiras quando encontrava-se em um restaurante de Kiev.

Saakashvili optou por estabelecer-se em território holandês com sua família porque está casado com uma holandesa, Sandra Roelofs, com quem tem dois filhos, lembrou seu advogado, com quem chegou ao aeroporto de Schiphol no final desta manhã.

O político já conta com a permissão de residência neste país, uma vez que "sua situação foi resolvida e aprovada" pelo Serviço de Imigração e Naturalização.

Em setembro deste ano, Saakashvili entrou na Ucrânia cruzando ilegalmente a fronteira pela Polônia, motivo pelo qual na segunda-feira foi devolvido a esse país, em cumprimento de uma decisão judicial.

O ex-presidente, que após deixar a Geórgia foi governador da região ucraniana de Odessa, se transformou no mais ferrenho opositor do presidente Poroshenko depois que este lhe retirou em julho de 2017 a nacionalidade ucraniana concedida anteriormente.

Saakashvili ficou em situação de apátrida porque, antes de adquirir a nacionalidade ucraniana, teve que entregar a georgiana.

O político, que protagonizou grandes protestos nos últimos meses para exigir a renúncia das autoridades ucranianas, tinha sido acusado de golpismo e de participar de "organizações criminosas" para derrubar o Executivo local.