Colômbia expropria US$ 230 milhões de supostos testas-de-ferro das Farc
Bogotá, 19 fev (EFE).- As autoridades colombianas detiveram três supostos testas-de-ferro da desmobilizada guerrilha das Farc e expropriaram bens avaliados em US$ 650 bilhões de pesos (US$ 230 milhões), entre eles 60 supermercados, informaram nesta segunda-feira fontes oficiais.
Entre os bens apreendidos figuram também cabeças de gado e sociedades comerciais em 23 municípios, entre eles Bogotá, de seis departamentos colombianos, segundo um comunicado da Promotoria Geral da Nação.
De acordo com a promotoria, depois de vários meses de investigação foi possível identificar uma rede de testas-de-ferro das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que operava na antiga região de distensão de El Caguán, que em 1999 foi criada pelo então presidente Andrés Pastrana no sul do país para entabular um processo de paz com a guerrilha.
Hoje foram capturados em Bogotá os irmãos Norberto, Uriel e Edna Mora Urrea, proprietários das redes de supermercados Supercundi, Merkandrea e Mercafusa, que somam 60 estabelecimentos comerciais, e que são acusados dos crimes de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.
"Os irmãos teriam se prestado a fingir que eram donos destes supermercados que, nos anos 90, eram propriedade de um empresário que foi vítima de sequestro, além de aparecer como proprietários de outras sociedades que chamaram a atenção pelo seu rápido e inexplicável crescimento econômico", detalhou a promotoria.
Entre as provas compiladas pelas autoridades colombianas está o fato de que o patrimônio da família passou entre 2006 e 2016 de 1,5 bilhão de pesos (US$ 529.425) a cerca de 30 bilhões de pesos (US$ 10,5 milhões).
A promotoria acrescentou que os supermercados, que aparentemente serviram "como rede de abastecimento" para a guerrilha, "ao mesmo tempo que serviam como fachada para a lavagem de dinheiro proveniente de atividades ilícitas", se caracterizavam por vender produtos com preços muito abaixo do valor comercial.
Segundo a diretora da Promotoria Especializada de Extinção do Direito de Domínio, Andrea del Pilar Malagón, para a descoberta dos testas-de-ferro e seus bens foram fundamentais "os testemunhos dos desmobilizados das Farc".
Em outra operação, a promotoria conseguiu identificar bens que pertenceram ao guerrilheiro Tomás Medina Caracas, conhecido como "El Negro Acacio", que foi abatido pelo exército colombiano em 2007.
Deste modo, se estabeleceu com fins de extinção de domínio que várias propriedades do cidadão colombiano-brasileiro José Hugo Chaux Cuéllar; sua esposa, Luz Stella González, e o filho de ambos, José Hugo Chaux González, foram obtidos com dinheiro presumivelmente entregado pelo chefe guerrilheiro.
Entre os bens se encontram imóveis situados em Bogotá e nos departamentos de Meta (centro) e Guaviare (sul), veículos, estabelecimentos de comércio e várias cabeças de gado bovinas e equinas, que somam 15 bilhões de pesos (US$ 5,2 milhões).
No último dia 15 de agosto, a Missão da ONU na Colômbia entregou ao governo 135 páginas com a lista de bens e ativos que as Farc diziam ter, um compromisso pactuado no acordo de paz que as partes assinaram em novembro de 2016.
Um mês depois, o governo recebeu das Farc cerca de 5 bilhões de pesos (US$ 1,7 milhão) para o fundo para compensar as vítimas do conflito armado.
Entre os bens apreendidos figuram também cabeças de gado e sociedades comerciais em 23 municípios, entre eles Bogotá, de seis departamentos colombianos, segundo um comunicado da Promotoria Geral da Nação.
De acordo com a promotoria, depois de vários meses de investigação foi possível identificar uma rede de testas-de-ferro das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que operava na antiga região de distensão de El Caguán, que em 1999 foi criada pelo então presidente Andrés Pastrana no sul do país para entabular um processo de paz com a guerrilha.
Hoje foram capturados em Bogotá os irmãos Norberto, Uriel e Edna Mora Urrea, proprietários das redes de supermercados Supercundi, Merkandrea e Mercafusa, que somam 60 estabelecimentos comerciais, e que são acusados dos crimes de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.
"Os irmãos teriam se prestado a fingir que eram donos destes supermercados que, nos anos 90, eram propriedade de um empresário que foi vítima de sequestro, além de aparecer como proprietários de outras sociedades que chamaram a atenção pelo seu rápido e inexplicável crescimento econômico", detalhou a promotoria.
Entre as provas compiladas pelas autoridades colombianas está o fato de que o patrimônio da família passou entre 2006 e 2016 de 1,5 bilhão de pesos (US$ 529.425) a cerca de 30 bilhões de pesos (US$ 10,5 milhões).
A promotoria acrescentou que os supermercados, que aparentemente serviram "como rede de abastecimento" para a guerrilha, "ao mesmo tempo que serviam como fachada para a lavagem de dinheiro proveniente de atividades ilícitas", se caracterizavam por vender produtos com preços muito abaixo do valor comercial.
Segundo a diretora da Promotoria Especializada de Extinção do Direito de Domínio, Andrea del Pilar Malagón, para a descoberta dos testas-de-ferro e seus bens foram fundamentais "os testemunhos dos desmobilizados das Farc".
Em outra operação, a promotoria conseguiu identificar bens que pertenceram ao guerrilheiro Tomás Medina Caracas, conhecido como "El Negro Acacio", que foi abatido pelo exército colombiano em 2007.
Deste modo, se estabeleceu com fins de extinção de domínio que várias propriedades do cidadão colombiano-brasileiro José Hugo Chaux Cuéllar; sua esposa, Luz Stella González, e o filho de ambos, José Hugo Chaux González, foram obtidos com dinheiro presumivelmente entregado pelo chefe guerrilheiro.
Entre os bens se encontram imóveis situados em Bogotá e nos departamentos de Meta (centro) e Guaviare (sul), veículos, estabelecimentos de comércio e várias cabeças de gado bovinas e equinas, que somam 15 bilhões de pesos (US$ 5,2 milhões).
No último dia 15 de agosto, a Missão da ONU na Colômbia entregou ao governo 135 páginas com a lista de bens e ativos que as Farc diziam ter, um compromisso pactuado no acordo de paz que as partes assinaram em novembro de 2016.
Um mês depois, o governo recebeu das Farc cerca de 5 bilhões de pesos (US$ 1,7 milhão) para o fundo para compensar as vítimas do conflito armado.
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