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Estudantes se deitam em frente à Casa Branca para pedir controle de armas

Evan Vucci/AP
Imagem: Evan Vucci/AP

Em Washington

19/02/2018 16h31

Dezenas de pessoas, a maioria estudantes de escolas da área metropolitana de Washington, se manifestaram nesta segunda-feira em frente à Casa Branca para pedir um maior controle de armas após o tiroteio que na quarta-feira passada deixou 17 mortos em uma escola de ensino médio de Parkland, na Flórida.

Em vários turnos, diferentes grupos de estudantes se deitaram na Avenida Pensilvânia, bem em frente à Casa Branca, durante três minutos a cada vez, para simbolizar o pouco tempo que o autor do tiroteio da Flórida, Nikolas Cruz, demorou para comprar o fuzil semiautomático com o qual efetuou o massacre.

Ao ficarem imóveis no solo, os estudantes também queriam representar as vítimas dos vários tiroteios ocorridos em escolas ou centros educativos do país nos últimos anos.

Estudantes se deitam em frente à Casa Branca para pedir controle de armas - Evan Vucci/ap - Evan Vucci/ap
Imagem: Evan Vucci/ap

"Queremos enviar uma mensagem aos políticos, dizer-lhes que têm que fazer algo perante isto, que é sua responsabilidade, porque eles dão voz ao povo e nós somos o povo", disse uma das organizadoras do protesto, Eleanor Nuechterlein, à emissora de televisão local "WUSA9".

Depois do tiroteio da Flórida na quarta-feira passada, Nuechterlein e uma companheira sua do penúltimo ano de uma escola de ensino médio de Washington, Whitney Bowen, criaram um grupo no Facebook chamado "Adolescentes a favor de uma reforma das armas", e começaram a planejar a manifestação.

Inicialmente, sua ideia era formar junto a alguns amigos um grupo de 17 pessoas, uma por cada vítima mortal do tiroteio na Flórida, e deitar-se em frente à Casa Branca para exigir ações do presidente americano, Donald Trump, e do Congresso.

Mas, após publicar a convocação no Facebook, cerca de 120 pessoas demonstraram interesse em ir, razão pela qual decidiram formar grupos para se deitar perante a residência presidencial americana.


Trump não estava nesse momento na Casa Branca, mas passando o final de semana e o dia de hoje, que é feriado, no seu clube privado de Mar-a-Lago.

O presidente deu hoje, no entanto, um pequeno passo para um possível reforço do controle de armas nos Estados Unidos, ao respaldar um projeto de lei que tentaria melhorar a eficácia de uma base de dados nacionais sobre antecedentes criminais, para impedir que as pessoas ali incluídas possam comprar armas.

Os estudantes que organizaram o protesto de hoje planejam comparecer também a uma manifestação, prevista para 24 de março em Washington e organizada por alunos da escola onde aconteceu o tiroteio na Flórida, a fim de pedir um maior controle de armas.