Funcionário de Macri renuncia após ser acusado de ocultar dinheiro em Andorra
Buenos Aires, 19 fev (EFE).- O subsecretário da presidência da Argentina, Valentín Díaz Gilligan, acusado de não ter declarado uma conta com US$ 1,2 milhão em Andorra, apresentou nesta segunda-feira sua renúncia "indeclinável" ao cargo, informaram à Agência Efe fontes oficiais.
Fontes da presidência argentina explicaram que, embora ainda não tenha sido realizado o trâmite formal, a renúncia será aceita em breve pelo governo.
"Apesar do apoio incondicional que senti por parte de todos os membros do nosso governo, não acho necessário continuar aferrado ao cargo no meio de um debate midiático sobre as minhas ações nos anos nos quais estive na atividade privada", escreveu Díaz Gilligan na sua carta de renúncia ao secretário-geral da presidência, Fernando de Andreis, seu superior imediato.
Além disso, na carta, à qual a Efe teve acesso, insistiu que demonstrará sua "inocência" em todos os âmbitos e reiterou que as acusações são "falsas" e isso ficará "devidamente comprovado".
Segundo publicou na sexta-feira passada o jornal espanhol "El País", Díaz Gilligan ocultou US$ 1,2 milhão em uma conta do Banco Privado de Andorra em nome da empresa britânica de intermediação de jogadores de futebol Line Action, cuja acionista é a mercantil panamenha Nashville North Inc.
A conta foi aberta em 2012, quando Díaz Gilligan, que figurava perante o banco como "representante" da empresa e "acionista", era assessor da Câmara Municipal de Buenos Aires e se manteve na sociedade até 2014, quando vendeu sua participação ao ser nomeado diretor-geral de Turismo.
Nos últimos dias, o subsecretário de Presidência reiterou a sua inocência e nesta segunda-feira se apresentou perante o Escritório Anticorrupção (OA) - dependente do governo - para argumentar sua versão de que não declarou a conta por estar saindo da empresa, uma saída que "estimou que seria iminente", mas que se atrasou pelos trâmites no Reino Unido.
Ao saber da notícia, na sexta-feira, o Executivo de Mauricio Macri saiu em sua defesa e para esclarecer que o caso já se encontra nas mãos da Justiça e do OA, para realizar as investigações necessárias.
Também nesse dia, Macri pediu para que se encare com "honestidade e seriedade" acusações de corrupção como esta e solicitou que, "como servidores públicos", seus funcionários deem "explicações cada vez que seja necessário".
"Espero que os funcionários nos quais confio demonstrem que todas estas acusações não têm sustento. Vai ser muito importante o relatório que faça o Escritório Anticorrupção, que com absoluta liberdade atua em cada caso", ressaltou o presidente argentino.
Este caso gerou uma forte polêmica no país e, nas últimas horas, vários membros do oficialismo se mostraram partidários da demissão do subsecretário.
Além disso, no meio da situação, a oposição kirchnerista denunciou Díaz Gilligan nesta segunda-feira por lavagem de dinheiro e omissão maliciosa.
Fontes da presidência argentina explicaram que, embora ainda não tenha sido realizado o trâmite formal, a renúncia será aceita em breve pelo governo.
"Apesar do apoio incondicional que senti por parte de todos os membros do nosso governo, não acho necessário continuar aferrado ao cargo no meio de um debate midiático sobre as minhas ações nos anos nos quais estive na atividade privada", escreveu Díaz Gilligan na sua carta de renúncia ao secretário-geral da presidência, Fernando de Andreis, seu superior imediato.
Além disso, na carta, à qual a Efe teve acesso, insistiu que demonstrará sua "inocência" em todos os âmbitos e reiterou que as acusações são "falsas" e isso ficará "devidamente comprovado".
Segundo publicou na sexta-feira passada o jornal espanhol "El País", Díaz Gilligan ocultou US$ 1,2 milhão em uma conta do Banco Privado de Andorra em nome da empresa britânica de intermediação de jogadores de futebol Line Action, cuja acionista é a mercantil panamenha Nashville North Inc.
A conta foi aberta em 2012, quando Díaz Gilligan, que figurava perante o banco como "representante" da empresa e "acionista", era assessor da Câmara Municipal de Buenos Aires e se manteve na sociedade até 2014, quando vendeu sua participação ao ser nomeado diretor-geral de Turismo.
Nos últimos dias, o subsecretário de Presidência reiterou a sua inocência e nesta segunda-feira se apresentou perante o Escritório Anticorrupção (OA) - dependente do governo - para argumentar sua versão de que não declarou a conta por estar saindo da empresa, uma saída que "estimou que seria iminente", mas que se atrasou pelos trâmites no Reino Unido.
Ao saber da notícia, na sexta-feira, o Executivo de Mauricio Macri saiu em sua defesa e para esclarecer que o caso já se encontra nas mãos da Justiça e do OA, para realizar as investigações necessárias.
Também nesse dia, Macri pediu para que se encare com "honestidade e seriedade" acusações de corrupção como esta e solicitou que, "como servidores públicos", seus funcionários deem "explicações cada vez que seja necessário".
"Espero que os funcionários nos quais confio demonstrem que todas estas acusações não têm sustento. Vai ser muito importante o relatório que faça o Escritório Anticorrupção, que com absoluta liberdade atua em cada caso", ressaltou o presidente argentino.
Este caso gerou uma forte polêmica no país e, nas últimas horas, vários membros do oficialismo se mostraram partidários da demissão do subsecretário.
Além disso, no meio da situação, a oposição kirchnerista denunciou Díaz Gilligan nesta segunda-feira por lavagem de dinheiro e omissão maliciosa.
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