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Mais de 60 meninas continuam desaparecidas após ataque do Boko Haram na Nigéria

Foto:  AFP
Imagem: Foto: AFP

Em Abuja (Nigéria)

21/02/2018 16h55

Pelo menos 66 meninas continuam desaparecidas dois dias depois de um ataque do grupo jihadista Boko Haram contra um instituto feminino na cidade de Dapchi, no noroeste da Nigéria, por isso aumentam os temores de que a ação foi um novo sequestro em massa como o das menores de Chibok em 2014.

Das 889 estudantes que estavam presentes no momento do ataque jihadista contra o instituto oficial, que fica no estado de Yobe, 66 continuam desaparecidas, informou nesta quarta-feira (21) à Agência Efe o comandante da polícia, Abdulmaliki Sunmonu.

Enquanto isso, as forças militares e de segurança fazem buscas pela região e o porta-voz do governo, Abdullah Bego, indicou em comunicado que as autoridades ainda não têm certeza de que as meninas desaparecidas foram sequestradas.

A polícia nigeriana afirmou ontem que o ataque foi frustrado e que os agressores não conseguiram sequestrar nenhuma estudante - elas teriam fugido junto com os professores através da floresta.

Os terroristas saquearam a escola e levaram a comida do refeitório antes de deixarem a cidade.

Ainda não está claro o número de meninas desaparecidas após essa ação, que gerou medo entre a população, que se lembra do sequestro de mais de 200 meninas há quase quatro anos em Chibok, no estado vizinho de Borno.

Mais de 100 dessas meninas sequestradas em abril de 2014 foram libertadas, mas 112 ainda permanecem em cativeiro.

A população pressiona o presidente nigeriano, Muhammadu  Buhari, para que se pronuncie sobre este novo episódio e garanta que não se trata de um novo caso como o de Chibok.

A Nigéria viu o número de ataques suicidas crescer nos últimos meses, apesar de os terroristas terem perdido presença em alguns de seus territórios após operações bem-sucedidas feitas pelas forças de segurança.

Em represália, os jihadistas adaptaram seus ataques para lugares considerados como pontos fracos, como templos religiosos, escolas e campos de refugiados.