África do Sul adverte que qualquer cidade no mundo pode ficar sem água
Madri, 23 fev (EFE).- O governo da África do Sul acredita que a grave crise de água que vive a Cidade do Cabo, à beira de se tornar primeira grande urbe sem fornecimento corrente, pode acontecer em qualquer outra parte do mundo devido à mudança climática e a maus hábitos de consumo.
"Agora é a Cidade do Cabo, mas em poucos meses pode ser qualquer outra cidade", advertiu em declarações à Agência Efe o diretor de Turismo da África do Sul, Cava Ntshona, que admite que a cidade mais popular do continente, com seus quatro milhões de habitantes, não poderá evitar o chamado "Dia Zero" se a chuva não chegar.
Esse dia, que o imaginário coletivo local concebe como "o apocalipse", se tornará realidade quando os reservatórios chegarem a 13,5% da capacidade.
"O 'Dia Zero' é uma dramática campanha de conscientização pública para evitar o que seria um momento verdadeiramente crítico. Se chegar, o governo local tomará o controle da distribuição de água com medidas restritivas", explica.
Até lá, a cidade tem preparada uma rede de pontos de distribuição com caminhões-pipa que darão 25 litros de água por pessoa diariamente, quantidade que mal atende o necessário para uma ducha de dois minutos (20 litros), beber (dois litros) e cozinhar (três litros).
Segundo Ntshona, a seca também está afetando outras importantes capitais, como Los Angeles e Pequim, e todas observam a África do Sul para saber como atuar em uma crise, "pois todos sabem que é só uma questão de tempo".
"A Cidade do Cabo é o foco de atenção atualmente, mas na realidade é um problema global. O mundo tem a oportunidade de aprender uma grande lição com a África do Sul: não devem esperar que haja uma crise para mudar os hábitos de consumo".
A cidade sul-africana tenta transformar a crise em uma oportunidade de desenvolvimento sustentável através de medidas inovadoras e participativas.
"Criamos uma torneira que dosa enormemente a saída de água, mas mantém a sensação de grande fluxo, e também estamos fazendo uma campanha para que as pessoas tomem banhos de 90 segundos, algo nada fácil, pois requer preparação e deve ser tudo muito rápido, não se pode perder nem um segundo procurando o sabonete", brinca Ntshona.
Para facilitar esta tarefa, o governo pediu a diferentes grupos famosos de música para compor e gravar músicas de 90 segundos, para que a ducha "dure o que dura uma canção".
"Mesmo que a chuva volte amanhã, não podemos voltar aos hábitos antigos. É preciso mudar o comportamento, é o tempo da água", conclui Ntshona.
"Agora é a Cidade do Cabo, mas em poucos meses pode ser qualquer outra cidade", advertiu em declarações à Agência Efe o diretor de Turismo da África do Sul, Cava Ntshona, que admite que a cidade mais popular do continente, com seus quatro milhões de habitantes, não poderá evitar o chamado "Dia Zero" se a chuva não chegar.
Esse dia, que o imaginário coletivo local concebe como "o apocalipse", se tornará realidade quando os reservatórios chegarem a 13,5% da capacidade.
"O 'Dia Zero' é uma dramática campanha de conscientização pública para evitar o que seria um momento verdadeiramente crítico. Se chegar, o governo local tomará o controle da distribuição de água com medidas restritivas", explica.
Até lá, a cidade tem preparada uma rede de pontos de distribuição com caminhões-pipa que darão 25 litros de água por pessoa diariamente, quantidade que mal atende o necessário para uma ducha de dois minutos (20 litros), beber (dois litros) e cozinhar (três litros).
Segundo Ntshona, a seca também está afetando outras importantes capitais, como Los Angeles e Pequim, e todas observam a África do Sul para saber como atuar em uma crise, "pois todos sabem que é só uma questão de tempo".
"A Cidade do Cabo é o foco de atenção atualmente, mas na realidade é um problema global. O mundo tem a oportunidade de aprender uma grande lição com a África do Sul: não devem esperar que haja uma crise para mudar os hábitos de consumo".
A cidade sul-africana tenta transformar a crise em uma oportunidade de desenvolvimento sustentável através de medidas inovadoras e participativas.
"Criamos uma torneira que dosa enormemente a saída de água, mas mantém a sensação de grande fluxo, e também estamos fazendo uma campanha para que as pessoas tomem banhos de 90 segundos, algo nada fácil, pois requer preparação e deve ser tudo muito rápido, não se pode perder nem um segundo procurando o sabonete", brinca Ntshona.
Para facilitar esta tarefa, o governo pediu a diferentes grupos famosos de música para compor e gravar músicas de 90 segundos, para que a ducha "dure o que dura uma canção".
"Mesmo que a chuva volte amanhã, não podemos voltar aos hábitos antigos. É preciso mudar o comportamento, é o tempo da água", conclui Ntshona.
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