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Eleições presidenciais na Venezuela são remarcadas para 2ª quinzena de maio

01/03/2018 16h09

Caracas, 1 mar (EFE).- O ministro da Comunicação da Venezuela, Jorge Rodríguez, confirmou nesta quinta-feira que as eleições presidenciais previstas para 22 de abril foram remarcadas para a "segunda quinzena de maio", após a assinatura de um acordo entre os seis candidatos oficiais.

"O evento eleitoral presidencial ficou estabelecido assim no acordo para a segunda quinzena do mês de maio de 2018. Não há alternativa, a única opção é o voto", declarou Rodríguez em entrevista coletiva.

O ministro da Comunicação qualificou o acordo como "amplo" e lembrou que para o dia das eleições presidenciais também foi convocado o pleito para conselhos legislativos estaduais e conselhos municipais "que já tinham seus períodos vencidos".

No acordo lido na sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) "se propõe que se realizem de maneira simultânea as eleições para presidente da República, de conselhos legislativos estaduais e de conselhos municipais na segunda quinzena do mês de maio de 2018".

Os reitores da CNE não se pronunciaram sobre esta nova data nem fizeram um anúncio formal, apesar de os cinco membros do organismo estarem presentes no ato de assinatura do acordo.

Também não se sabe se com esta nova data se abrirá novamente o registro eleitoral ou se novos candidatos serão aceitos.

Segundo Rodríguez neste documento ficou estabelecido que uma missão de "acompanhamento e observação" eleitoral irá ao país, assim como a ativação de "todas as auditorias técnicas com os padrões (...) que se repetiram em todos os eventos eleitorais" na Venezuela.

Rodríguez assegurou ainda que o documento assinado é fruto de reuniões com a oposição que se estenderam desde a sexta-feira passada até ontem e nas quais participaram, entre outros, o duas vezes candidato opositor à presidência, Henrique Capriles.

A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) decidiu dias atrás que não se apresentará a eleições que consideram "uma farsa" e nas quais assegura que não existirão condições "justas" e "transparentes".