Topo

Trump se reunirá com empresas de videogames para tentar prevenir tiroteios

01/03/2018 20h45

Washington, 1 mar (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reunirá na semana que vem com representantes da indústria dos videogames para falar sobre as imagens violentas às quais são expostas as crianças quando os jogam, dentro da sua campanha para prevenir os tiroteios nas escolas.

"Na semana que vem, se reunirá com membros da indústria dos videogames para ver o que eles podem fazer a respeito disto", disse nesta quinta-feira a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, em entrevista coletiva.

"Vamos continuar buscando as melhores formas para assegurar que fazemos todo o possível para proteger as escolas de todo o país", acrescentou.

Depois do tiroteio que no último dia 14 de fevereiro deixou 17 mortos em uma escola de Parkland, na Flórida, Trump sugeriu várias ideias para prevenir esse tipo de ataques nos colégios do país, e na semana passada pediu atenção ao impacto que os videogames e os filmes violentos têm nos adolescentes.

"Escuto cada vez mais gente que diz que o nível de violência nos videogames realmente está moldando os pensamentos das pessoas jovens", disse Trump em um ato na Casa Branca na semana passada.

Trump sugeriu a possibilidade de impulsionar um sistema que classificasse os videogames e os filmes por seu grau de violência e de "terror".

"Vejo coisas que lhes impressionariam. Tenho um filho muito pequeno, e olho algumas das coisas que ele vê e digo: 'Como isso é possível?'", afirmou o presidente em um encontro nesta quarta-feira com legisladores, em referência a Barron, seu filho de 11 anos.

O presidente americano voltou a reunir-se hoje, desta vez a portas fechadas, com familiares de vítimas de tiroteios em várias escolas do país, entre eles os pais, irmãos e namorado de Meadow Pollack, uma das estudantes assassinadas no ataque ao colégio Marjory Stoneman Douglas da Flórida.

Trump sugeriu várias ideias para reduzir os frequentes tiroteios nas escolas dos EUA, e a que mais polêmica gerou é a de armar "10% ou 20%" dos professores do país com o objetivo de que possam deter um agressor armado.

O presidente pediu nesta quarta-feira ao Congresso que aprove uma "grande lei" bipartidária contra a violência armadas nas escolas, mas o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, confirmou hoje que na semana que vem não avançará no plenário dessa câmara nenhum projeto de lei sobre o tema.