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Kremlin nega que Rússia queira iniciar uma nova corrida armamentista

1º.mar.2018 - O presidente russo Vladimir Putin durante pronunciamento em Moscou - Mikhail Klimentyev, Sputnik, Kremlin via AP
1º.mar.2018 - O presidente russo Vladimir Putin durante pronunciamento em Moscou Imagem: Mikhail Klimentyev, Sputnik, Kremlin via AP

Em Moscou

02/03/2018 09h37

O Kremlin negou nesta sexta-feira (2) que a Rússia queira iniciar uma nova corrida armamentista e que suas novas armas nucleares, apresentadas ontem pelo presidente russo, Vladimir Putin, sejam dirigidas contra algum país em específico.

"O presidente destacou que de nenhuma maneira se pode considerar como o início de uma nova corrida armamentista, já que não é outra coisa que a resposta da Rússia à ruptura do tratado sobre a defesa antimísseis por parte dos Estados Unidos em 2002", disse aos jornalistas o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

"O desdobramento por todo o mundo do escudo antimísseis americano poderia romper no futuro o equilíbrio estratégico, a paridade nuclear e, de fato, neutralizar as forças estratégicas da Rússia", acrescentou Peskov.

"Os novos sistemas de armamento apresentado por Putin durante o discurso sobre o estado da nação garantem a manutenção da paridade estratégica, necessária para a paz e a estabilidade no mundo todo", disse Peskov.

Ao ser perguntado se as novas armas são dirigidas contra os EUA, Peskov respondeu que estas "não são uma ameaça para ninguém que não mantenha planos de atacar a Rússia".

O porta-voz também respondeu às críticas dos infográficos animados que acompanharam a apresentação e nos quais se pôde ver mísseis russos sobrevoando um mapa mundi em direção ao Estado da Flórida (EUA).

"Não se usou mapa algum (no infográfico). Só eram contornos geográficos imaginários, sem nenhuma referência a algum país concretamente", afirmou o porta-voz do Kremlin.