Topo

Representantes sul-coreanos viajam aos EUA após conversa com Kim Jong-un

Eui-yong e Hoon chegam ao aeroporto Incheon, onde embarcaram rumo a Washington - Yonhap/AFP Photo
Eui-yong e Hoon chegam ao aeroporto Incheon, onde embarcaram rumo a Washington Imagem: Yonhap/AFP Photo

Em Seul

08/03/2018 03h32

Os representantes da Coreia do Sul que se reuniram com Kim Jong-un partiram nesta quinta-feira (8) rumo a Washington com uma mensagem de Pyongyang para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que está gerando uma grande expectativa.

Chung Eui-yong e Suh Hoon, chefes do Escritório de Segurança Nacional e do Serviço de Inteligência sul-coreanos, embarcaram no Aeroporto de Incheon, em Seul, em um voo direto para a capital americana com a missão de falar sobre a reunião ocorrida na última segunda-feira com o líder norte-coreano em Pyongyang.

Kim Jong-un transmitiu a eles seu desejo de negociar com os EUA a desnuclearização de seu regime, em troca de garantir sua sobrevivência.

Os enviados também explicaram que têm uma "mensagem adicional" de Pyongyang para Washington que não foi tornada pública e que desencadeia várias conjeturas e grande expectativa.

Jornais, como o sul-coreano "Chosun Ilbo" ou o de Hong Kong, "South China Morning Post" citam fontes não identificadas que asseguram que ser tratar de uma oferta para deixar de desenvolver mísseis balísticos ou uma oferta para que Kim Yo-jong, irmã de Kim Jong-un, visite Washington.

Porta-vozes do escritório presidencial sul-coreano não quiseram comentar a respeito quando questionados pela Agência Efe sobre essas informações.

O início das conversas preparatórias entre Estados Unidos e Coreia do Norte dependerá em boa medida do relatório que os delegados sul-coreanos entreguem ao governo Trump.

Os meios de comunicação americanos e sul-coreanos afirmam que na reunião poderiam participar, além do presidente Trump, o secretário de Estado, Rex Tillerson; o conselheiro de Segurança Nacional, H.R. McMaster, e o chefe da CIA, Mike Pompeo.

Embora Washington tenha mostrado otimismo em relação à oferta de diálogo com a Coreia do Norte, também insinuou certo ceticismo devido à atitude de Pyongyang durante as chamadas conversas de seis partes - envolvendo as duas Coreias, EUA, China, Rússia e Japão - na última década.