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Com 90% das urnas apuradas, Putin alcança 76,41% dos votos

18/03/2018 20h34

Moscou, 19 mar (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, soma 76,41% dos votos emitidos nas eleições presidenciais deste domingo, com 90% das urnas já apuradas, segundo informou a Comissão Eleitoral Central (CEC).

Faltando contabilizar apenas 10% dos sufrágios, Putin já supera os 45,6 milhões de votos recebidos em 2012, quando retornou ao Kremlin após quatro anos de parênteses como primeiro-ministro.

Este histórico resultado, que também supera o alcançado nas eleições presidenciais de 2004, lhe permitirá permanecer no Kremlin até 2024.

Putin recebeu mais de 90% dos votos em cinco regiões ou repúblicas, entre elas a Crimeia, que lembrava hoje o quarto aniversário da anexação russa e cujos habitantes participaram pela primeira vez de eleições presidenciais.

O atual presidente também superou 70% dos apoios nas duas principais cidades do país, Moscou e São Petersburgo, tradicionais celeiros da oposição mais radical ao Kremlin.

No seu primeiro pronunciamento à imprensa após proclamar sua vitória no pleito, Putin negou que planeje, "por enquanto", reformar a Constituição para poder continuar no poder dentro de seis anos.

"Me parece que o que vocês propõem é bastante ridículo. Vamos calcular. Isso significa que eu vou estar aqui até os 100 anos? Não", respondeu aos jornalistas.

Putin, de 65 anos, ganhou suas primeiras eleições em março de 2000, três meses depois de receber o poder de mãos do primeiro presidente democraticamente eleito da história da Rússia, Boris Yeltsin.

O segundo candidato mais votado neste domingo foi o milionário comunista Pavel Grudinin, que obteve 12,05% dos votos; seguido pelo ultranacionalista Vladimir Zhirinovski com 5,85%.

A jornalista Ksenia Sobchak, a terceira mulher a participar de pleitos presidenciais na história da Rússia, conseguiu 1,59%, enquanto os outros quatro candidatos presidenciais não superaram o patamar de 1%.

Cerca de 110 milhões de russos estavam convocados às urnas em eleições presidenciais classificadas como "transparentes" pela CEC, mas que, segundo o candidato comunista, foram "sujas" e, de acordo com a oposição extraparlamentar, estiveram marcadas por várias irregularidades.