América Central tenta controlar migração venezuelana com imposição de vistos
A Guatemala confirmou nesta segunda-feira (19) a decisão de exigir vistos para os venezuelanos, uma medida já tomada por Panamá, Honduras e Nicarágua.
A iniciativa coincide com o agravamento da crise na Venezuela, o que motivou milhares de pessoas a fugir. Por isso, países como a Costa Rica, que mantém a política de não pedir visto aos venezuelanos, registraram um grande aumento dos pedidos de refúgio.
O vice-ministro de Relações Exteriores da Guatemala, Pablo García, disse que seu país "não pode ficar para trás" depois de outros governos terem adotado a mesma medida nos últimos dias.
O Panamá decidiu exigir vistos dos venezuelanos em outubro do ano passado e também reduziu pela metade o tempo que eles podem permanecer como turistas no país, de 180 para 90 dias. Colômbia e Nicarágua adotaram iniciativas similares.
O presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, explicou na época que pretendia proteger o emprego dos panamenhos e a segurança interna. Em agosto, 2 mil venezuelanos chegaram ao país por semana.
A imposição da exigência de visto, segundo Varela, também tinha como objetivo defender o "retorno da ordem democrática na Venezuela". O Panamá faz parte do Grupo de Lima, ao lado do Brasil e outros dez países, e não reconhece a Assembleia Nacional Constituinte e as eleições convocadas por Nicolás Maduro em maio.
Honduras tomou a decisão de cobrar visto dos venezuelanos desde novembro, justificando a medida como "reciprocidade", já que Caracas também exige o documento dos hondurenhos.
A mesma reciprocidade foi usada pela Nicarágua, uma aliada de Maduro, para passar a solicitar em agosto de 2016 vistos de turista para os venezuelanos.
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