Topo

G20 debate formas de abordar "tragédia econômica e humanitária" venezuelana

19/03/2018 21h28

Buenos Aires, 19 mar (EFE).- Ministros da Economia de países do Hemisfério Ocidental, da União Europeia e do Japão abordaram nesta segunda-feira, no marco do G20, a coordenação de medidas econômicas para alcançar "objetivos políticos democráticos" na Venezuela e enfrentar a "tragédia econômica e humanitária" que assola a nação caribenha.

Na declaração final, os ministros signatários, entre eles Henrique Meirelles, pediram ao presidente Nicolás Maduro que aceite ofertas de assistência humanitária para tratar a "cada vez mais empobrecida população da Venezuela", e afirmaram que suas ações conduzem "a um maior êxodo" de cidadãos desse país, segundo informou o Ministério de Finanças da Argentina.

Esse movimento migratório, segundo texto estipulado, tem "grandes efeitos colaterais" para os países que são destino de venezuelanos, razão pela qual se fez um pedido as "correspondentes organismos internacionais" para que promover a ajuda às nações que a necessitem.

Os participantes do encontro respaldaram as resoluções da Organização dos Estados Americanos (OEA) e do Grupo de Lima que exigem eleições "livres e justas" e qualificaram a Assembleia Constituinte como um "ente que carece de legitimidade e legalidade, cuja existência e decisões não são reconhecidas".

A respeito das sanções impostas ao governo venezuelano, se ressaltou a necessidade de trabalhar coordenadamente para evitar qualquer forma de "financiamento ilícito".

Por último, a declaração conjunta prevê que, para que exista um governo que "recupere a prosperidade" da Venezuela, será necessário um "apoio total" da comunidade financeira internacional.

Esta recuperação "levará tempo e requereria um grande apoio externo", disseram os países signatários, que se comprometeram a continuar cooperando para disponibilizar rapidamente as ferramentas da comunidade internacional quando as circunstâncias exigirem".

Além de Meirelles, participaram da reunião ministros de Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Guatemala, México, Paraguai e Peru, representantes de Japão, Panamá e Reino Unido, e, como observadores, o ministro de Finanças da Alemanha e representantes da França e da Itália.

Por sua parte, oDepartamento do Tesouro americano destacou em comunicado que a reunião se centrou na coordenação de "medidas econômicas" para alcançar "objetivos políticos democráticos" na Venezuela, abordar a "tragédia econômica e humanitária", e "respostas construtivas" uma vez que a Venezuela permita "eleições livres, justas e regulares".