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Líder supremo do Irã pede reforço na luta contra Israel

05/04/2018 07h46

Teerã, 5 abr (EFE).- O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, pediu "intensificação na lutar contra o regime sionista", como denomina Israel, e qualificou qualquer negociação com este país de "erro irreversível" e prejudicial para a causa palestina.

Segundo uma carta de Khamenei dirigida ao líder político do movimento palestino Hamas, Ismail Haniyeh, publicada nas últimas horas no site do líder, a única solução é "fortalecer a resistência dentro do mundo muçulmano, intensificando a luta contra o regime sionista usurpador e seus aliados".

"As nações (muçulmanas e árabes) têm de considerar seriamente isto como seu dever: repelir o inimigo até o ponto da aniquilação, através de uma ação estratégica e forte", sublinhou.

Neste sentido, o líder iraniano insistiu que "a resistência é a única forma de liberar a Palestina oprimida" e reiterou o apoio do Irã à causa como "um dever religioso".

Assim, denunciou qualquer negociação com Israel e fez referência à suposta aproximação entre Riad e Tel Aviv impulsionada pela estreita relação entre a Arábia Saudita e EUA.

"Avançar para negociações com o regime usurpador e mentiroso é um erro irreversível que atrasaria a vitória da nação palestina", afirmou o líder.

Essa "conspiração e hipocrisia de alguns países árabes seguindo o Grande Satã (EUA)", como se referiu Khamenei às citadas negociações, foi também denunciada por Haniyeh em uma carta prévia, segundo a nota oficial iraniana.

As autoridades iranianas redobraram suas críticas a Israel desde que na sexta-feira os enfrentamentos entre manifestantes e soldados israelenses na fronteira de Gaza terminaram com 18 palestinos mortos.

O ministro iraniano de Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, anunciou ontem que o Irã levará perante as Nações Unidas e o Movimento de países Não-Alinhados (MNOAL) os recentes "crimes" perpetrados por Israel na fronteira com Gaza.