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Depois de Trump, Maduro anuncia que também não irá à Cúpula das Américas

Miraflores Palace/Reuters
Imagem: Miraflores Palace/Reuters

10/04/2018 20h11

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira (10) que não irá à oitava Cúpula das Américas. Ele alegou que foi retirada a segurança da delegação venezuelana e que considera o evento "uma perda de tempo".

"Retiraram a segurança de toda a delegação da Venezuela, por isso ontem [segunda] à noite decidi que não vou à Cúpula das Américas em Lima e vou ficar com o povo da Venezuela nos dias 13 e 14", declarou Maduro durante um ato em Caracas.

Em meados de fevereiro o Peru retirou o convite feito a Maduro para participar da cúpula, com a justificativa de que os 14 países que formam o chamado Grupo de Lima, além de outras nações como os Estados Unidos, vetaram a presença do governante no evento. 

Maduro afirmou também nesta terça que a suposta decisão do governo peruano de retirar a segurança da delegação venezuelana é "ilegal" e "inamistosa" e que ficará no país para "lembrar" a tentativa de golpe de Estado sofrida pelo então presidente Hugo Chávez (1999-2013) em 11 de abril de 2002.

O presidente da Venezuela comentou também que a ausência de última hora anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se deve ao fato de seu homólogo americano considerar Lima "um pátio traseiro" e de que Trump "despreza, usa e desusa" os líderes de direita da América Latina.

A Casa Branca anunciou mais cedo nesta terça que Trump não viajará para a cúpula para concentrar-se nos eventos na Síria e que em seu lugar irá o vice-presidente, Mike Pence.

A decisão de excluir a Venezuela da cúpula, uma ação que o país de Maduro considera ilegal, levou o governo de Antígua e Barbuda a também anunciar que não participará da reunião.

Outros países ideologicamente próximos à Venezuela, como Bolívia e Cuba, também expressaram seu incômodo pela forma como se vetou a presença do país, mas, por enquanto, não anunciaram sua ausência do evento.