Berlusconi classifica de "absurda" sentença sobre negociação com a máfia
Roma, 22 abr (EFE).- O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi classificou de "absurda" a sentença de um tribunal de Palermo (sul) que condenou na sexta-feira várias pessoas, entre elas um ex-colaborador, pela negociação entre o Estado e a máfia.
"A sentença de Palermo, em seu absurdo, deveria mexer com a sensibilidade e a consciência dos italianos. A condenação de servidores do Estado é uma autêntica vergonha", diz em entrevista que publica hoje o jornal "Corriere della Sera".
Berlusconi se referia às penas contra sete pessoas, entre políticos, policiais e mafiosos, a vários anos de prisão ao considerá-los participantes de uma negociação entre o Estado e a máfia na década de 90 para conter a violência.
Entre eles está um ex-senador e colaborador de Berlusconi, Marcello Dell'Utri, já preso, condenado a 12 anos de detenção.
"O só fato de associarem meu nome ou a atividade de meu governo a esta sentença é um comportamento irresponsável", acrescentou o líder do partido Forza Itália (FI).
O ex-senador Dell'Utri, braço direito de Berlusconi, já cumpre desde 2014 uma condenação a sete anos de prisão por associação mafiosa.
O tribunal que condenou Dell'Utri estimou que este foi mediador entre a Cosa Nostra, a máfia siciliana, e Berluconi a fim de garantir sua segurança e a de sua família antes de entrar na política no começo dos anos 90.
Os juízes disseram então que houve uma reunião em 1974 entre Dell'Utri e vários líderes mafiosos, organizada para carimbar o pacto de proteção a Berlusconi e que este entregou dinheiro à Cosa Nostra através de seu ex-colaborador.
O processo sobre o qual se pronunciou o Tribunal de Palermo na sexta-feira começou em 2013 após cinco anos de investigações e indagou suposta negociação entre políticos, policiais, altos funcionários e mafiosos sicilianos durante a década de 90 para acabar com os atentados com os quais a Cosa Nostra intimidava o Governo para que detivesse sua ofensiva.
Nesse período, foram assassinados representantes do Estado como o parlamentar democrata-cristão Salvo Lima em 1992 e, nesse mesmo ano, os juízes Giovanni Falcone e Paolo Borselino, além dos atentados em Florença (centro), Milão (norte) e Roma.
Segundo a acusação, as autoridades da época, políticos e agentes dos carabineiros, ofereceram aos mafiosos descontos de pena ou a atenuação das mesmas para os já presos em troca de deixar os ataques e pôr fim à sangrenta estratégia.
"A sentença de Palermo, em seu absurdo, deveria mexer com a sensibilidade e a consciência dos italianos. A condenação de servidores do Estado é uma autêntica vergonha", diz em entrevista que publica hoje o jornal "Corriere della Sera".
Berlusconi se referia às penas contra sete pessoas, entre políticos, policiais e mafiosos, a vários anos de prisão ao considerá-los participantes de uma negociação entre o Estado e a máfia na década de 90 para conter a violência.
Entre eles está um ex-senador e colaborador de Berlusconi, Marcello Dell'Utri, já preso, condenado a 12 anos de detenção.
"O só fato de associarem meu nome ou a atividade de meu governo a esta sentença é um comportamento irresponsável", acrescentou o líder do partido Forza Itália (FI).
O ex-senador Dell'Utri, braço direito de Berlusconi, já cumpre desde 2014 uma condenação a sete anos de prisão por associação mafiosa.
O tribunal que condenou Dell'Utri estimou que este foi mediador entre a Cosa Nostra, a máfia siciliana, e Berluconi a fim de garantir sua segurança e a de sua família antes de entrar na política no começo dos anos 90.
Os juízes disseram então que houve uma reunião em 1974 entre Dell'Utri e vários líderes mafiosos, organizada para carimbar o pacto de proteção a Berlusconi e que este entregou dinheiro à Cosa Nostra através de seu ex-colaborador.
O processo sobre o qual se pronunciou o Tribunal de Palermo na sexta-feira começou em 2013 após cinco anos de investigações e indagou suposta negociação entre políticos, policiais, altos funcionários e mafiosos sicilianos durante a década de 90 para acabar com os atentados com os quais a Cosa Nostra intimidava o Governo para que detivesse sua ofensiva.
Nesse período, foram assassinados representantes do Estado como o parlamentar democrata-cristão Salvo Lima em 1992 e, nesse mesmo ano, os juízes Giovanni Falcone e Paolo Borselino, além dos atentados em Florença (centro), Milão (norte) e Roma.
Segundo a acusação, as autoridades da época, políticos e agentes dos carabineiros, ofereceram aos mafiosos descontos de pena ou a atenuação das mesmas para os já presos em troca de deixar os ataques e pôr fim à sangrenta estratégia.
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