Líder opositor armênio se mostra disposto a liderar novo governo
Yerevan, 24 abr (EFE).- O líder da oposição na Armênia, Nikol Pashinyan, se mostrou disposto nesta terça-feira a liderar o governo que assumirá o poder após a crise política provocada pelos grandes protestos antigovernamentais.
"Se o povo deposita em mim essa responsabilidade, estou disposto a ser primeiro-ministro. É muito provável que assim seja", disse Pashinyan em entrevista coletiva.
O político opositor, que lidera desde 13 de abril o movimento de protestos contra o atual governo, estimou em 90% o seu apoio junto ao eleitorado.
Por outro lado, Pashinyan afirmou que em supostas eleições parlamentares o governante Partido Republicano não poderia apresentar seu candidato. Além disso, o atual primeiro-ministro interino, Karen Karapetyan, não poderá seguir à frente do Executivo.
"Acabou a era do Partido Republicano, que não deve se prender ao poder. Qualquer tentativa de regenerá-lo (o partido) não vai trazer nada bom", afirmou o líder opositor.
Pashinyan estima que as eleições poderiam acontecer no prazo de um ou dois meses, condições estas que ele exporá às autoridades nas negociações previstas para amanhã, quarta-feira.
Sobre isso, o político opositor adiantou que não se sentará à mesa apenas com Karapetyan, mas também com o chefe do parlamento e o líder da maioria parlamentar.
"Não vamos (à reunião) para negociar com Karapetyan, mas para tornar realidade nossas reivindicações", destacou Pashinyan.
O líder opositor descartou que a oposição tenha planos de se vingar do ex-primeiro-ministro Serj Sargsyan, que renunciou na segunda-feira após menos de uma semana no cargo por causa dos protestos maciços da oposição.
Pouco antes, Karapetyan assegurou hoje em reunião com embaixadores estrangeiros que buscaria uma saída para a grave crise política que o país vive em negociações com o líder opositor.
O premiê interino ressaltou que não se limitará a ouvir as reivindicações da oposição, já que a "agenda está aberta" e "cada parte pode apresentar suas propostas" nas negociações.
Além disso, Karapetyan insistiu que qualquer decisão que for tomada como resultado das negociações deve ser lógica e civilizada, e deve estar em conformidade com a Constituição e com a legislação vigente.
Pashinyan aceitou o pedido das autoridades e decidiu fazer hoje uma pausa em sua tensa disputa com o governo ao liderar uma grande manifestação pacífica por ocasião do aniversário do genocídio armênio de 1915.
Não obstante, o líder opositor já adiantou que não se conforma com a renúncia de Sargsyan, mas exigirá eleições antecipadas, a libertação dos manifestantes detidos e que o partido governante reconheça "a vitória da revolução de veludo".
Sargsyan, presidente do país entre 2008 e 2018, renunciou na segunda-feira à chefia de governo após dez dias de protestos antigovernamentais, os maiores na história da Armênia desde a independência da URSS.
Muitos armênios não absorveram o fato de Sargsyan ter se aproveitado de uma reforma constitucional para continuar sendo o homem forte do país, agora à frente do Executivo, após ter prometido que não se perpetuaria no poder.
"Se o povo deposita em mim essa responsabilidade, estou disposto a ser primeiro-ministro. É muito provável que assim seja", disse Pashinyan em entrevista coletiva.
O político opositor, que lidera desde 13 de abril o movimento de protestos contra o atual governo, estimou em 90% o seu apoio junto ao eleitorado.
Por outro lado, Pashinyan afirmou que em supostas eleições parlamentares o governante Partido Republicano não poderia apresentar seu candidato. Além disso, o atual primeiro-ministro interino, Karen Karapetyan, não poderá seguir à frente do Executivo.
"Acabou a era do Partido Republicano, que não deve se prender ao poder. Qualquer tentativa de regenerá-lo (o partido) não vai trazer nada bom", afirmou o líder opositor.
Pashinyan estima que as eleições poderiam acontecer no prazo de um ou dois meses, condições estas que ele exporá às autoridades nas negociações previstas para amanhã, quarta-feira.
Sobre isso, o político opositor adiantou que não se sentará à mesa apenas com Karapetyan, mas também com o chefe do parlamento e o líder da maioria parlamentar.
"Não vamos (à reunião) para negociar com Karapetyan, mas para tornar realidade nossas reivindicações", destacou Pashinyan.
O líder opositor descartou que a oposição tenha planos de se vingar do ex-primeiro-ministro Serj Sargsyan, que renunciou na segunda-feira após menos de uma semana no cargo por causa dos protestos maciços da oposição.
Pouco antes, Karapetyan assegurou hoje em reunião com embaixadores estrangeiros que buscaria uma saída para a grave crise política que o país vive em negociações com o líder opositor.
O premiê interino ressaltou que não se limitará a ouvir as reivindicações da oposição, já que a "agenda está aberta" e "cada parte pode apresentar suas propostas" nas negociações.
Além disso, Karapetyan insistiu que qualquer decisão que for tomada como resultado das negociações deve ser lógica e civilizada, e deve estar em conformidade com a Constituição e com a legislação vigente.
Pashinyan aceitou o pedido das autoridades e decidiu fazer hoje uma pausa em sua tensa disputa com o governo ao liderar uma grande manifestação pacífica por ocasião do aniversário do genocídio armênio de 1915.
Não obstante, o líder opositor já adiantou que não se conforma com a renúncia de Sargsyan, mas exigirá eleições antecipadas, a libertação dos manifestantes detidos e que o partido governante reconheça "a vitória da revolução de veludo".
Sargsyan, presidente do país entre 2008 e 2018, renunciou na segunda-feira à chefia de governo após dez dias de protestos antigovernamentais, os maiores na história da Armênia desde a independência da URSS.
Muitos armênios não absorveram o fato de Sargsyan ter se aproveitado de uma reforma constitucional para continuar sendo o homem forte do país, agora à frente do Executivo, após ter prometido que não se perpetuaria no poder.