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Ataque da coalizão liderada pela Arábia Saudita mata 38 rebeldes iemenitas

28/04/2018 14h37

(Atualiza com declarações de fonte de segurança do Iêmen).

Cairo/Sana, 28 abr (EFE).- Pelo menos 38 membros das forças de segurança dos rebeldes houthis do Iêmen morreram na noite de sexta-feira em um bombardeio da coalizão liderada pela Arábia Saudita contra a sede do Ministério do Interior em Sana.

Segundo informações da emissora saudita "Al Arabiya", o ataque teve como alvo um encontro dos houthis para organizar o funeral de Saleh al Samad, presidente do Conselho Supremo Político, o principal órgão executivo dos rebeldes. Ele morreu no último dia 19 em um bombardeio da coalizão na província de Al Hudeidah.

A rede de televisão saudita informou que entre o vice-ministro de Interior do governo houthi, Abdelhakim al Jiuani, poderia estar entre as pessoas que participavam da reunião na sede do órgão.

Veículos iemenitas ligados aos houthis informaram sobre o ataque, mas não revelaram número de vítimas ou detalhes.

Uma fonte houthi disse à Agência Efe que vários líderes da área de segurança morreram no bombardeio. Segundo ela, Al Jiuani teria sobrevivido. A imprensa saudita diz que o vice-ministro morreu.

Os aviões da coalizão árabe bombardearam a sede do Ministério do Interior duas vezes, de acordo com a fonte consultada pela Efe, e lançaram um terceiro ataque a uma delegacia anexa ao prédio.

As autoridades houthis não divulgaram o número de vítimas. A emissora saudita "Al Ejbaria" elevou o número de mortos para 50.

De acordo com a "Al Arabiya", que cita várias testemunhas, os bombardeios atingiram o prédio do Ministério do Interior, um quartel no centro de Sana e a base aérea de Al Dilmi.

Os ataques ocorreram na véspera do funeral de Al Samad, transformado pelos houthis em um grande ato de protesto contra a intervenção árabe na guerra civil do Iêmen.

Após o bombardeio, os insurgentes lançaram oito mísseis balísticos contra a província de Jizan, na fronteira com o Iêmen.

Segundo o governo da Arábia Saudita, um homem morreu após ser atingido pelos fragmentos de um dos quatro mísseis interceptados.

O Iêmen é palco de um conflito armado entre as forças do governo reconhecido internacionalmente do presidente exilado Abdo Rabbo Mansour Hadi, apoiado pela coalizão árabe, e os rebeldes.