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Maduro encerra campanha eleitoral com promessa de resolver crise econômica da Venezuela

Xinhua/Presidencia de Venezuela
Imagem: Xinhua/Presidencia de Venezuela

Caracas

17/05/2018 18h53

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, encerrou nesta quinta-feira (17) sua campanha para as eleições deste domingo com a promessa de resolver a crise econômica enfrentada pelo país durante seu primeiro mandato. O país vai às urnas no domingo (20).

"Peço, obviamente, paz, diálogo. Vou convocar uma grande jornada de diálogo nacional para um acordo de recuperação econômica, de crescimento econômico, de proteção da economia nacional", disse Maduro em um grande comício em Caracas.

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O líder chavista e candidato à reeleição explicou que a proposta contempla debates nos 23 estados do país, com a participação de empresários, representantes da sociedade civil e políticos.

"Vamos fazer um grande diálogo. Para o diálogo é preciso aprender a ouvir, falar com respeito. Quero me tornar o grande ouvido da pátria e escutar as ideias, o clamor, as propostas de um povo que sabe o que é preciso fazer para acabar com as máfias", disse.

Segundo Maduro, essas máfias são os responsáveis pela hiperinflação e pela escassez de alimentos e remédios registrada na Venezuela nos últimos anos.

"Há muitas coisas que estão ruins e é preciso corrigi-las, não podemos fechar os olhos e não ver o que está errado. Há muita corrupção que deve ser enfrentada e encerrada, há muita burocracia e burocratas que tomam decisões nos seus escritórios com ar-condicionado e se esquecem do povo", ressaltou Maduro.

Para ter força para promover as mudanças necessárias, o presidente da Venezuela pediu que os cidadãos o apoiem nas urnas.

"Eu convoco um grande diálogo nacional para dar uma grande oportunidade à Venezuela. Uma oportunidade de um novo começo, de aprender a fazer as coisas de novo para fazê-las melhor, em uma revolução rumo ao socialismo", reiterou.

A Mesa da Unidade Democrática (MUD), principal coalizão de oposição ao chavismo, não participará das eleições por considerá-la transparente e pediu que os venezuelanos boicotem o pleito. A mesma crítica é feita por boa parte da comunidade internacional.

Maduro enfrentará o ex-governador Henri  Falcón, um chavista dissidente que se afastou da MUD, o ex-pastor evangélico Javier Bertucci e o engenheiro Reinaldo Quijada.