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Operação antidrogas em Bangladesh deixa 58 mortos e 3,3 mil detidos 10 dias

25/05/2018 08h15

Daca, 25 mai (EFE).- A operação antidrogas lançada pelo Governo de Bangladesh, um plano que ativistas de direitos humanos compararam com o desdobrado pelo presidente filipino, Rodrigo Duterte, já contabiliza 58 mortos e 3,3 mil detidos em apenas 10 dias, informaram nesta sexta-feira fontes dos forças de segurança.

"Até agora 20 traficantes morreram em enfrentamentos com o RAB desde que começou a operação. Isso inclui um traficante hoje em Daca", indicou à Agência Efe Mizanur Rahman, ajudante principal do diretor do Batalhão de Ação Rápida (RAB), um corpo de elite policial.

"Também detivemos cerca de 3,3 mil. pessoas na operação", afirmou Rahman.

O porta-voz afirmou que foram condenados a multas e a penas de prisão 2.795 traficantes e consumidores de entorpecentes.

Fontes da polícia confirmaram à Agência Efe que dois supostos narcotraficantes morreram ontem à noite em tiroteios em Netrokona Sadar, outro em Myamensigh e um quarto em Sherpur Sadar, todos no norte.

Também morreram nas últimas horas quatro supostos traficantes em Daca, Jenaidah (oeste), em Burichang (este) e Cox's Bazar (sudeste), segundo confirmaram à Efe fontes policiais em todas estas demarcações.

Com estas últimas, a polícia informou até o momento sobre 58 mortos desde 15 de maio .

A primeira-ministra, Sheikh Hasina, anunciou em 3 de maio o lançamento da operação antidrogas destacando a campanha contra grupos insurgentes na qual morreram dezenas de supostos jihadistas em enfrentamentos com as forças de segurança e milhares de pessoas foram detidas.

Ativistas de direitos humanos em Bangladesh, como o advogado Jotiirmoy Barua, denunciaram esta campanha como ilegal ao considerar que "os indicadores apontam que a campanha é similar à realizada nas Filipinas".