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Autoridades ordenam fechamento de usina de cobre após protestos na Índia

28/05/2018 13h59

Nova Délhi, 28 mai (EFE).- O governo do estado de Tâmil Nadu, no sul da Índia, ordenou nesta segunda-feira o fechamento permanente de uma usina de fundição de cobre da empresa Sterlite Copper, filial do grupo britânico Vedanta Resources, depois de dias de protestos que causaram incidentes nos quais morreram 12 pessoas.

"No interesse público geral, o governo respalda a ordem de fechamento do Conselho de Controle da Poluição de Tâmil Nadu e também ordena ao Conselho de Controle da Poluição de Tâmil Nadu que lacre a unidade e feche a usina permanentemente", informou o secretário de governo, M.Sr. Nasimmuddin.

Na ordem, difundida por veículos de imprensa locais, o secretário lembrou que já havia cortado a eletricidade da usina da Vedanta na semana passada e que é obrigação do Estado "proteger e melhorar o meio ambiente, as florestas e a fauna do país".

O grupo britânico confirmou em comunicado enviado à Agência Efe o fechamento da usina e assinalou que vai estudar a ordem para decidir como irá proceder.

"O fechamento da usina da Sterlite Copper é um acontecimento infeliz, principalmente porque operamos a fábrica há mais de 22 anos da forma mais transparente e sustentável, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico de Tuticorin e do estado", diz a nota da companhia.

Na semana passada morreram 12 manifestantes e dezenas ficaram feridos nos protestos contra a usina por seu impacto no meio ambiente.

A batalha dos ambientalistas contra a Vedanta começou há 22 anos, quando a usina, que teve sua construção concluída em 1997, era apenas um projeto, mas aumentou em fevereiro deste ano por causa de um plano para sua expansão, que foi rejeitado pela população local por seu impacto ambiental.

A Vedanta foi levada aos tribunais em 2004 no estado de Orissa por um processo apresentado contra a atividade de uma pedreira que ameaçava o meio ambiente e obrigaria a mudança de várias comunidades tribais.