Ilha à qual Bangladesh deseja enviar rohingyás é altamente inundável, diz ESA
Paris, 29 mai (EFE).- A Agência Espacial Europeia do Espaço (ESA) advertiu nesta terça-feira que a ilha de Thengar Char, à qual o Governo de Bangladesh contempla enviar milhares de refugiados rohingyás, é altamente inundável.
A organização utilizou o satélite de observação terrestre Sentinel-1 para destacar a "precariedade" desse terreno, de cerca de 60 quilômetros quadrados e situado na baía de Bengala.
Desde que o Sentinel-1 começou a operar em 2014, a ilha inundou "várias vezes" e nos piores momentos, sua superfície se reduziu a 39 quilômetros quadrados.
"A noção de colocar gente vulnerável em uma ilha inóspita sem infraestrutura e a duas horas de barco de terra firme obviamente é questionável, mas, graças ao Sentinel-1, as autoridades têm uma prova evidente do risco de inundação", indicou a ESA em comunicado.
Bangladesh procura com a localização nesse terreno dar resposta à crescente presença dos rohingyás no país, onde chegam para se proteger da recente campanha de repressão por parte do Exército e da polícia birmanesa.
Os rohingyás são uma comunidade muçulmana que vive há séculos no norte de Mianmar, mas não são reconhecidos como cidadãos birmaneses pelas autoridades desse país, por isso que a maioria é apátrida.
Em meados de agosto, a guerrilha do Exército de Salvação Rohingyá de Arakan (ARSA) atacou postos das forças de segurança birmanesas e a devastadora resposta das forças da ordem forçou a fuga de quase 700 mil pessoas para o vizinho Bangladesh.
Já antes dessa crise, e como consequência de décadas de perseguição e marginalização, cerca de 200 mil rohingyá viviam em Bangladesh, que recuperou recentemente a ideia de transladar a milhares dessas pessoas a Thengar Char.
A ESA apontou que embora não está claro se o país seguirá adiante com esse plano, "aparentemente" já começaram a fazer obras na zona.
A organização utilizou o satélite de observação terrestre Sentinel-1 para destacar a "precariedade" desse terreno, de cerca de 60 quilômetros quadrados e situado na baía de Bengala.
Desde que o Sentinel-1 começou a operar em 2014, a ilha inundou "várias vezes" e nos piores momentos, sua superfície se reduziu a 39 quilômetros quadrados.
"A noção de colocar gente vulnerável em uma ilha inóspita sem infraestrutura e a duas horas de barco de terra firme obviamente é questionável, mas, graças ao Sentinel-1, as autoridades têm uma prova evidente do risco de inundação", indicou a ESA em comunicado.
Bangladesh procura com a localização nesse terreno dar resposta à crescente presença dos rohingyás no país, onde chegam para se proteger da recente campanha de repressão por parte do Exército e da polícia birmanesa.
Os rohingyás são uma comunidade muçulmana que vive há séculos no norte de Mianmar, mas não são reconhecidos como cidadãos birmaneses pelas autoridades desse país, por isso que a maioria é apátrida.
Em meados de agosto, a guerrilha do Exército de Salvação Rohingyá de Arakan (ARSA) atacou postos das forças de segurança birmanesas e a devastadora resposta das forças da ordem forçou a fuga de quase 700 mil pessoas para o vizinho Bangladesh.
Já antes dessa crise, e como consequência de décadas de perseguição e marginalização, cerca de 200 mil rohingyá viviam em Bangladesh, que recuperou recentemente a ideia de transladar a milhares dessas pessoas a Thengar Char.
A ESA apontou que embora não está claro se o país seguirá adiante com esse plano, "aparentemente" já começaram a fazer obras na zona.
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