Primeiro-ministro irlandês diz que há milhares de afetados por adoção ilegal
Dublin, 30 mai (EFE).- O primeiro-ministro da Irlanda, o democrata-cristão Leo Varadkar, confirmou nesta quarta-feira a existência de um caso de adoções ilegais, um escândalo que poderia afetar, disse, "centenas de milhares" de pessoas em um país de 4,7 milhões de habitantes.
Varadkar realizou essas declarações no Parlamento de Dublin, depois que a agência estatal de assuntos familiares e da infância, Tusla, informou que entrou em contato com 126 pessoas cujos pais adotivos foram inscritos como "biológicos" entre 1946 e 1969.
Tusla detectou as irregularidades ao estudar os arquivos da agência de adoção St Patrick's Guild, gerenciada por ordens católicas até que encerrou suas atividades nesta área em 2004.
"Estamos abrindo outro capítulo da nossa história mais obscura, mas agora este país é diferente, como demonstra o resultado do referendo do fim de semana passado", afirmou Varadkar.
O líder conservador fazia referência à contundente vitória do "sim" à reforma da lei do aborto em uma consulta que constatou a perda de influência da Igreja Católica, envolvida em escândalos de abusos cometidos contra menores e mulheres em centros de amparo.
"Este novo caso poderia ser muito traumático para muita gente e peço perdão por isso", afirmou Varadkar, que disse que têm direito a "conhecer sua identidade e histórico de nascimento".
Varandkar apontou que as irregularidades poderiam afetar várias agências de adoção e "centenas de milhares" de pessoas.
O "taoiseach" (primeiro-ministro) explicou na Câmara Baixa irlandesa que a prioridade de seu Governo é agora determinar o alcance deste escândalo e chegar aos envolvidos, embora reconheceu que é uma "tarefa gigante".
"Há pessoas que irão descobrir que foram adotadas, depois de acreditarem durante 50 ou 60 anos que eram filhos biológicos das pessoas os criaram. Também será difícil para os pais que os criaram, pois deverão ter uma conversa delicada", sustentou Varadkar.
Varadkar realizou essas declarações no Parlamento de Dublin, depois que a agência estatal de assuntos familiares e da infância, Tusla, informou que entrou em contato com 126 pessoas cujos pais adotivos foram inscritos como "biológicos" entre 1946 e 1969.
Tusla detectou as irregularidades ao estudar os arquivos da agência de adoção St Patrick's Guild, gerenciada por ordens católicas até que encerrou suas atividades nesta área em 2004.
"Estamos abrindo outro capítulo da nossa história mais obscura, mas agora este país é diferente, como demonstra o resultado do referendo do fim de semana passado", afirmou Varadkar.
O líder conservador fazia referência à contundente vitória do "sim" à reforma da lei do aborto em uma consulta que constatou a perda de influência da Igreja Católica, envolvida em escândalos de abusos cometidos contra menores e mulheres em centros de amparo.
"Este novo caso poderia ser muito traumático para muita gente e peço perdão por isso", afirmou Varadkar, que disse que têm direito a "conhecer sua identidade e histórico de nascimento".
Varandkar apontou que as irregularidades poderiam afetar várias agências de adoção e "centenas de milhares" de pessoas.
O "taoiseach" (primeiro-ministro) explicou na Câmara Baixa irlandesa que a prioridade de seu Governo é agora determinar o alcance deste escândalo e chegar aos envolvidos, embora reconheceu que é uma "tarefa gigante".
"Há pessoas que irão descobrir que foram adotadas, depois de acreditarem durante 50 ou 60 anos que eram filhos biológicos das pessoas os criaram. Também será difícil para os pais que os criaram, pois deverão ter uma conversa delicada", sustentou Varadkar.
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