EUA desaconselham viagem à Nicarágua e retiram parentes de diplomatas do país
O governo dos Estados Unidos recomendou nesta sexta-feira (8) aos seus cidadãos que não viajem para a Nicarágua devido à intensificação da violência no país. O governo tem reprimido brutalmente protestos contra o presidente Daniel Ortega. Os EUA ainda ordenaram a saída dos familiares dos diplomatas.
"Reconsidere viajar para a Nicarágua devido aos crimes, aos distúrbios civis e à disponibilidade limitada de atendimento médico", indicou o Departamento de Estado norte-americano em comunicado.
Além disso, ordenou a saída dos parentes dos funcionários diplomáticos americanos radicados na Nicarágua e autorizou aos seus trabalhadores que deixem o país de forma voluntária.
Os protestos contra Ortega começaram no dia 18 de abril contra fracassadas reformas da seguridade social e se transformaram em um movimento que pede sua renúncia em meio a acusações de abuso de poder, execuções extrajudiciais e corrupção.
Desde então, 135 pessoas morreram em consequência desta crise sociopolítica, segundo os dados divulgados hoje pelo Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh).
Em seu alerta de viagem, os EUA afirmaram que o governo nicaraguense responde a estas manifestações "utilizando gás lacrimogêneo, gás de pimenta, balas de borracha e munição real, o que provoca um grande número de mortes e lesões".
O departamento dirigido por Mike Pompeo denunciou que os responsáveis por esses assassinatos "são pistoleiros controlados pelo governo vestidos de civis".
Outro dos motivos pelos quais os EUA pedem aos seus cidadãos que não viajem para a Nicarágua é o difícil acesso a necessidades básicas, como alimentos, hospitais e postos de gasolina, devido a bloqueios de ruas e estradas.
Por último, o Departamento de Estado informou que a embaixada americana em Manágua está operando em nível mínimo, já que seu pessoal deve ficar em casa por ordem expressa do Executivo do presidente Donald Trump.
Ao longo da crise nicaraguense, o governo americano exigiu que os responsáveis por assassinatos e abusos de direitos humanos nesse país centro-americano "devem ser levados perante a Justiça".
Por sua parte, o vice-presidente americano, Mike Pence, criticou Ortega nesta terça-feira (5) por cometer atos de "terrível violência" contra seu povo.
O governo norte-americano também anunciou nesta quinta-feira (14) a imposição de restrições nos vistos de um número indeterminado de funcionários e indivíduos, que não identificou, envolvidos na repressão das manifestações e nas violações dos direitos humanos na Nicarágua.
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