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Justiça adia sentença de ex-arcebispo acusado de encobrir casos de pedofilia

19/06/2018 05h19

Sydney (Austrália), 19 jun (EFE).- Um tribunal de justiça da Austrália anunciou, nesta terça-feira, sua decisão de adiar até início de julho a sentença contra o ex-arcebispo de Adelaide, Philip Wilson, considerado culpado de encobrir casos de pedofilia.

A decisão do juiz Robert Stone aconteceu horas depois que os advogados de defesa de Wilson pediram que o religioso, de 67 anos, não fosse preso por razões de saúde e segurança.

O juiz não especificou a razão do adiamento nem se pronunciou sobre a pedido da defesa para evitar a prisão de Wilson, membro da igreja católica de maior categoria declarado culpado por um crime relacionado com a pedofilia.

No mês passado, um tribunal da cidade de Newcastle declarou Philip Wilson culpado por um crime de encobrimento de pedofilia ao encobrir os abusos sexuais cometidos pelo falecido sacerdote James Fletcher na década de 1970.

Um dia depois de ser considerado culpado, Wilson deixou seu cargo de arcebispo da cidade de Adelaide.

Os representantes legais do ex-arcebispo apresentaram hoje uma série de relatórios médicos onde são detalhados que Wilson sofre de diabetes, Alzheimer e problemas cardíacos.

Os advogados argumentam que uma condenação à prisão de Wilson, que também colocou um marca-passo, afetaria sua saúde e o colocaria à mercê dos ataques de outros prisioneiros.

O ex-arcebispo enfrenta uma condenação máxima de prisão de até dois anos.

O caso contra Wilson concentrou-se no encobrimento feito por ele dos abusos cometidos por Fletcher a dois coroinhas quando o agora ex-arcebispo era assistente do padre pedófilo na paróquia de East Maitland.

Em 1976, as duas vítimas denunciaram a Wilson os abusos cometidos por Fletcher, que foi condenado em dezembro de 2004 por nove acusações de pedofilia e morreu na prisão 13 meses depois.