Anistia Internacional critica "estratégia de repressão" na Nicarágua
Manágua, 22 jun (EFE).- A Anistia Internacional (AI) advertiu nesta sexta-feira sobre uma "estratégia de repressão" do governo da Nicarágua no marco da crise sociopolítica que assola este país e que já deixou 212 mortos em mais de dois meses.
"A vergonhosa negação do governo das violações dos direitos humanos é parte da sua estratégia de repressão", disse a diretora para as Américas da AI, Erika Guevara, em uma declaração escrita enviada à Agência Efe, ao reagir à posição do Executivo nicaraguense ao relatório final apresentado hoje pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) sobre a crise.
"É vergonhoso que o governo do presidente Ortega negue o inegável", acrescentou.
De acordo com Guevara, "existe uma grande quantidade de evidências, que incluem milhares de testemunhos, para demonstrar que o Estado nicaraguense cometeu terríveis violações de direitos humanos e continua fazendo isso diariamente" e fez um apelo ao governo para cessar a violência "antes que se percam mais vidas".
O chanceler da Nicarágua, Denis Moncada Colindres, tachou de "parcial" e "subjetivo" o relatório final da CIDH e assegurou que "não é política de Estado a repressão das forças sociais".
"A Nicarágua rejeita de forma integral o relatório da CIDH por considerá-lo subjetivo, preconceituoso e totalmente parcializado", disse Moncada Colindres durante um discurso diante do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), com sede em Washington.
Moncada Colindres garantiu que o Estado trabalha para que "prevaleça a paz" e rejeitou uma das conclusões mais duras contidas no relatório da CIDH: a existência de um "padrão" de violência contra os manifestantes por parte da Polícia Nacional em colaboração com grupos paramilitares.
"Reafirmamos que não é política de Estado a repressão das forças sociais e menos ainda o uso arbitrário da força. Rejeitamos as recorrentes e infundadas afirmações sobre denúncias feitas contra o Estado da Nicarágua e, em particular, da Polícia Nacional, à qual se refere o relatório", ressaltou.
Dessa forma, Moncada Colindres considerou que o relatório da CIDH faz parte das tentativas de um "golpe de Estado" para forçar a renúncia do atual presidente, Daniel Ortega, que está há 11 anos no poder.
O relatório, apresentado hoje, resume as conclusões finais da visita que a CIDH realizou ao país entre os dias 17 e 21 de maio.
Nesse relatório, de 97 páginas, a CIDH responsabiliza o governo de Ortega de graves violações aos direitos humanos e alerta para um "padrão" do "uso excessivo e arbitrário da força" por parte da Polícia Nacional nicaraguense em colaboração com forças paramilitares.
O relatório eleva a 212 o número de pessoas mortas nos protestos até o dia 19 de junho e calcula que, nesse período, pelo menos 1.337 pessoas ficaram feridas.
Além disso, segundo os cálculos da CIDH, pelo menos 507 pessoas foram privadas da liberdade até 6 de junho de 2018, enquanto "centenas de pessoas" se encontram em "situação de risco" após serem vítimas de ataques, fustigação, ameaças e outras formas de intimidação.
"A vergonhosa negação do governo das violações dos direitos humanos é parte da sua estratégia de repressão", disse a diretora para as Américas da AI, Erika Guevara, em uma declaração escrita enviada à Agência Efe, ao reagir à posição do Executivo nicaraguense ao relatório final apresentado hoje pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) sobre a crise.
"É vergonhoso que o governo do presidente Ortega negue o inegável", acrescentou.
De acordo com Guevara, "existe uma grande quantidade de evidências, que incluem milhares de testemunhos, para demonstrar que o Estado nicaraguense cometeu terríveis violações de direitos humanos e continua fazendo isso diariamente" e fez um apelo ao governo para cessar a violência "antes que se percam mais vidas".
O chanceler da Nicarágua, Denis Moncada Colindres, tachou de "parcial" e "subjetivo" o relatório final da CIDH e assegurou que "não é política de Estado a repressão das forças sociais".
"A Nicarágua rejeita de forma integral o relatório da CIDH por considerá-lo subjetivo, preconceituoso e totalmente parcializado", disse Moncada Colindres durante um discurso diante do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), com sede em Washington.
Moncada Colindres garantiu que o Estado trabalha para que "prevaleça a paz" e rejeitou uma das conclusões mais duras contidas no relatório da CIDH: a existência de um "padrão" de violência contra os manifestantes por parte da Polícia Nacional em colaboração com grupos paramilitares.
"Reafirmamos que não é política de Estado a repressão das forças sociais e menos ainda o uso arbitrário da força. Rejeitamos as recorrentes e infundadas afirmações sobre denúncias feitas contra o Estado da Nicarágua e, em particular, da Polícia Nacional, à qual se refere o relatório", ressaltou.
Dessa forma, Moncada Colindres considerou que o relatório da CIDH faz parte das tentativas de um "golpe de Estado" para forçar a renúncia do atual presidente, Daniel Ortega, que está há 11 anos no poder.
O relatório, apresentado hoje, resume as conclusões finais da visita que a CIDH realizou ao país entre os dias 17 e 21 de maio.
Nesse relatório, de 97 páginas, a CIDH responsabiliza o governo de Ortega de graves violações aos direitos humanos e alerta para um "padrão" do "uso excessivo e arbitrário da força" por parte da Polícia Nacional nicaraguense em colaboração com forças paramilitares.
O relatório eleva a 212 o número de pessoas mortas nos protestos até o dia 19 de junho e calcula que, nesse período, pelo menos 1.337 pessoas ficaram feridas.
Além disso, segundo os cálculos da CIDH, pelo menos 507 pessoas foram privadas da liberdade até 6 de junho de 2018, enquanto "centenas de pessoas" se encontram em "situação de risco" após serem vítimas de ataques, fustigação, ameaças e outras formas de intimidação.
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