Coalizão árabe pode ter cometido crimes de guerra no Iêmen, afirma AI
Cairo, 22 jun (EFE).- A coalizão árabe comandada pela Arábia Saudita pode ter cometido crimes de guerra no Iêmen pelo "endurecimento das restrições" impostas à entrada de bens essenciais ao país, advertiu nesta sexta-feira a Anistia Internacional (AY).
A ONG também acusou os rebeldes houthis de provocar "excessivos" e "arbitrários" atrasos na distribuição destes produtos e de assistência humanitária nas zonas em risco de crise de fome, em comunicado.
"Milhões de vidas correm perigo no Iêmen devido às restrições impostas pela coalizão dirigida pela Arábia Saudita à entrada de bens essenciais - como alimentos, combustível e material médico - neste país assolado pela guerra e pelos atrasos causados pelas autoridades houthis na distribuição do que entra", advertiu.
A AI fala que esta situação, somada à recente ofensiva da coalizão contra a estratégica cidade de Al-Hodeidah e seu porto, controlado pelos houthis, "agravaram a já difícil situação humanitária no Iêmen e violam o direito internacional".
"Estas limitações estão tendo consequências cada vez mais graves para a população civil, pois há milhões de pessoas que estão à beira da crise de fome e necessitam de assistência humanitária", afirmou a diretora de investigação da Anistia Internacional para o Oriente Médio, Lynn Maalouf.
Concretamente, a ONG acusa a coalizão de atrasar o desembarque da ajuda humanitária ao porto de Al-Hodeidah impondo revisões.
"Estas inspeções excessivas estão tendo um efeito catastrófico no Iêmen. Ao atrasar o fornecimento ao país de bens essenciais, como combustível e remédios, a coalizão dirigida pela Arábia Saudita está abusando de seu poder para aplicar cruelmente sofrimento adicional às populações civis mais vulneráveis do Iêmen", acrescentou Maalouf.
A responsável advertiu também que "os bloqueios que causam dano substancial e desproporcional a civis são proibidos pelo direito internacional".
Além disso, pediu aos houthis que eliminem "os obstáculos que impedem o envio de ajuda humanitária e a implementação de projetos humanitários" e que tomem medidas para acabar com as "extorsões" sofridas por organizações humanitárias para poder realizar seu trabalho.
As forças leais ao presidente Abdo Rabu Mansour Hadi, que conta com o apoio da coalizão árabe capitaneada por Riad, estão dispostas a lançar uma grande ofensiva sobre Al-Hodeidah, onde habitam 600 mil pessoas e que é controlada pelos rebeldes houthis desde 2014.
Através deste ponto chegam ao Iêmen 70% das importações de provisões básicas e alimentos dos quais o país depende.
A ONG também acusou os rebeldes houthis de provocar "excessivos" e "arbitrários" atrasos na distribuição destes produtos e de assistência humanitária nas zonas em risco de crise de fome, em comunicado.
"Milhões de vidas correm perigo no Iêmen devido às restrições impostas pela coalizão dirigida pela Arábia Saudita à entrada de bens essenciais - como alimentos, combustível e material médico - neste país assolado pela guerra e pelos atrasos causados pelas autoridades houthis na distribuição do que entra", advertiu.
A AI fala que esta situação, somada à recente ofensiva da coalizão contra a estratégica cidade de Al-Hodeidah e seu porto, controlado pelos houthis, "agravaram a já difícil situação humanitária no Iêmen e violam o direito internacional".
"Estas limitações estão tendo consequências cada vez mais graves para a população civil, pois há milhões de pessoas que estão à beira da crise de fome e necessitam de assistência humanitária", afirmou a diretora de investigação da Anistia Internacional para o Oriente Médio, Lynn Maalouf.
Concretamente, a ONG acusa a coalizão de atrasar o desembarque da ajuda humanitária ao porto de Al-Hodeidah impondo revisões.
"Estas inspeções excessivas estão tendo um efeito catastrófico no Iêmen. Ao atrasar o fornecimento ao país de bens essenciais, como combustível e remédios, a coalizão dirigida pela Arábia Saudita está abusando de seu poder para aplicar cruelmente sofrimento adicional às populações civis mais vulneráveis do Iêmen", acrescentou Maalouf.
A responsável advertiu também que "os bloqueios que causam dano substancial e desproporcional a civis são proibidos pelo direito internacional".
Além disso, pediu aos houthis que eliminem "os obstáculos que impedem o envio de ajuda humanitária e a implementação de projetos humanitários" e que tomem medidas para acabar com as "extorsões" sofridas por organizações humanitárias para poder realizar seu trabalho.
As forças leais ao presidente Abdo Rabu Mansour Hadi, que conta com o apoio da coalizão árabe capitaneada por Riad, estão dispostas a lançar uma grande ofensiva sobre Al-Hodeidah, onde habitam 600 mil pessoas e que é controlada pelos rebeldes houthis desde 2014.
Através deste ponto chegam ao Iêmen 70% das importações de provisões básicas e alimentos dos quais o país depende.
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