França e Espanha defendem centros de desembarque de imigrantes na UE
Paris, 23 jun (EFE).- O presidente da França, Emmanuel Macron, e o chefe do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, proporão aos seus parceiros da UE a criação de centros de desembarque "em solo europeu" para administrar a situação dos imigrantes e dividi-los pelos países da Europa.
"Precisamos de um caminho claro de solidariedade, não tratar caso a caso", declarou Macron em Paris, ao término de uma reunião com Sánchez no Palácio do Eliseu.
Em entrevista coletiva conjunta, o presidente do Governo espanhol se referiu também à situação do navio Lifeline, que está no mar há mais de dois dias com cerca de 230 migrantes a bordo, à espera de que algum país o autorize a atracar em um porto seguro, diante das negativas de Itália e Malta.
"Apoiamos, como não pode ser de outra maneira, a proposta conjunta de França e Espanha feita à Itália para resolver" a situação desta embarcação, disse Sánchez.
Em relação aos centros de desembarque para imigrantes, Macron explicou que sua proposta, já abordada com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, consiste em criar "centros fechados em solo europeu", nos quais seriam tratados os expedientes dos requerentes de asilo para agilizar os trâmites e para devolver aos seus países aqueles que não gozem desse direito.
"O que discutiremos amanhã (em Bruxelas) é que, em primeiro lugar, o desembarque deve respeitar o princípio humanitário de socorro", detalhou Macron, que disse que sua proposta é diferente da do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, favorável a criar "plataformas" nos países africanos de origem e de passagem.
Segundo o presidente francês, a iniciativa pactuada com Merkel são centros que se baseiam no recomendado pela ONU e na máxima de que "o mais próximo é o mais seguro" para o desembarque dos imigrantes.
"É certo que há ceticismo, mas o fundamental para a Europa é que haja eficácia e humanidade ao mesmo tempo", acrescentou Macron, que reconheceu os erros do atual sistema de asilo europeu de Dublin.
O presidente francês julgou que o problema na Europa é uma "crise política" da qual o populismo e extremismo têm se aproveitado e afirmou que "fechar fronteiras" não é a solução.
"Um país como a Itália não teve a mesma pressão migratória que no ano anterior. As chegadas diminuíram em mais de 80% pela cooperação com a Líbia", indicou.
Macron também citou a Espanha como exemplo na gestão da crise dos 'cayucos' na década passada, quando Madri selou um acordo migratório "muito pragmático" com o Senegal de "respeito mútuo".
"Precisamos de um caminho claro de solidariedade, não tratar caso a caso", declarou Macron em Paris, ao término de uma reunião com Sánchez no Palácio do Eliseu.
Em entrevista coletiva conjunta, o presidente do Governo espanhol se referiu também à situação do navio Lifeline, que está no mar há mais de dois dias com cerca de 230 migrantes a bordo, à espera de que algum país o autorize a atracar em um porto seguro, diante das negativas de Itália e Malta.
"Apoiamos, como não pode ser de outra maneira, a proposta conjunta de França e Espanha feita à Itália para resolver" a situação desta embarcação, disse Sánchez.
Em relação aos centros de desembarque para imigrantes, Macron explicou que sua proposta, já abordada com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, consiste em criar "centros fechados em solo europeu", nos quais seriam tratados os expedientes dos requerentes de asilo para agilizar os trâmites e para devolver aos seus países aqueles que não gozem desse direito.
"O que discutiremos amanhã (em Bruxelas) é que, em primeiro lugar, o desembarque deve respeitar o princípio humanitário de socorro", detalhou Macron, que disse que sua proposta é diferente da do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, favorável a criar "plataformas" nos países africanos de origem e de passagem.
Segundo o presidente francês, a iniciativa pactuada com Merkel são centros que se baseiam no recomendado pela ONU e na máxima de que "o mais próximo é o mais seguro" para o desembarque dos imigrantes.
"É certo que há ceticismo, mas o fundamental para a Europa é que haja eficácia e humanidade ao mesmo tempo", acrescentou Macron, que reconheceu os erros do atual sistema de asilo europeu de Dublin.
O presidente francês julgou que o problema na Europa é uma "crise política" da qual o populismo e extremismo têm se aproveitado e afirmou que "fechar fronteiras" não é a solução.
"Um país como a Itália não teve a mesma pressão migratória que no ano anterior. As chegadas diminuíram em mais de 80% pela cooperação com a Líbia", indicou.
Macron também citou a Espanha como exemplo na gestão da crise dos 'cayucos' na década passada, quando Madri selou um acordo migratório "muito pragmático" com o Senegal de "respeito mútuo".
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