Governo de El Salvador liberta mulher condenada a 25 anos por aborto
San Salvador, 25 jun (EFE).- O governo de El Salvador libertou nesta segunda-feira uma mulher condenada em 2000 a 25 anos de prisão pelo crime de homicídio agravado, cometido supostamente ao se submeter a um aborto, informou o Ministério de Segurança.
A libertação de Mariana López aconteceu após a comutação da sua pena, benefício outorgado pelo presidente Salvador Sánchez Cerén no último mês de maio, depois de receber o sinal verde de especialistas penitenciários e da Suprema Corte de Justiça.
"Vou ficar com minha filha, vou vê-la crescer", disse a mulher libertada, que acrescentou que tentará abrir uma padaria com os conhecimentos que obteve nesta área com programas de reinserção.
Além disso, López pediu a Sánchez Cerén para outorgar a comutação da pena a outras 25 mulheres presas por crimes ligados ao aborto, porque "merecem uma oportunidade, merecem que seus casos sejam estudados".
El Salvador é um dos poucos países do mundo nos quais o aborto está proibido em todas as circunstâncias, e onde as mulheres que sofrem complicações da gravidez, que provocam abortos espontâneos ou emergências obstétricas, são frequentemente acusadas de homicídio agravado pelo Ministério Público.
Em outubro de 2016, o partido governante Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN) propôs ao Congresso a descriminalização do aborto nos casos de estupro, risco de morte da mãe ou inviabilidade fetal.
No entanto, entidades que promovem a descriminalização do aborto assinalaram que esta iniciativa tem poucas probabilidades de avançar, dado que a direita obteve a maioria das cadeiras do Congresso nas eleições do último mês de março.
A libertação de Mariana López aconteceu após a comutação da sua pena, benefício outorgado pelo presidente Salvador Sánchez Cerén no último mês de maio, depois de receber o sinal verde de especialistas penitenciários e da Suprema Corte de Justiça.
"Vou ficar com minha filha, vou vê-la crescer", disse a mulher libertada, que acrescentou que tentará abrir uma padaria com os conhecimentos que obteve nesta área com programas de reinserção.
Além disso, López pediu a Sánchez Cerén para outorgar a comutação da pena a outras 25 mulheres presas por crimes ligados ao aborto, porque "merecem uma oportunidade, merecem que seus casos sejam estudados".
El Salvador é um dos poucos países do mundo nos quais o aborto está proibido em todas as circunstâncias, e onde as mulheres que sofrem complicações da gravidez, que provocam abortos espontâneos ou emergências obstétricas, são frequentemente acusadas de homicídio agravado pelo Ministério Público.
Em outubro de 2016, o partido governante Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN) propôs ao Congresso a descriminalização do aborto nos casos de estupro, risco de morte da mãe ou inviabilidade fetal.
No entanto, entidades que promovem a descriminalização do aborto assinalaram que esta iniciativa tem poucas probabilidades de avançar, dado que a direita obteve a maioria das cadeiras do Congresso nas eleições do último mês de março.
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