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Início dos argumentos de acusação e defesa pelo assassinato do irmão de Kim

27/06/2018 05h47

Bangcoc, 27 jun (EFE).- Um tribunal de Justiça da Malásia começou, nesta quarta-feira, a escutar os argumentos de acusação e defesa no julgamento de duas mulheres pelo assassinato, no ano passado, de Kim Jong-nam, irmão mais velho do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

As acusadas, a vietnamita Doan Thi Huong e a indonésia Siti Aisyah, se enfrentam a pena de morte se forem consideradas culpadas pelo envenenamento do norte-coreano no aeroporto de Kuala Lumpur.

As mulheres, quem se declaram inocentes, afirmam que foram contratadas por um grupo de homens, identificados pela polícia malaia como norte-coreanos, com o objetivo de realizar uma série de brincadeiras para uma emissora de televisão.

O julgamento se concentra na intenção das processadas de causar a morte de Kim.

Está previsto que a exposição oral das duas partes dure até a próxima sexta-feira, e depois o juiz Azmi Ariffin terá um mês para tomar uma decisão.

Se decidir prosseguir com o caso, será a vez da defesa de chamar suas testemunhas - o que pode levar meses -; enquanto se decidir pelo encerramento, as mulheres seriam libertadas.

O julgamento começou em outubro de 2017 no Superior Tribunal de Shah Alam com a volta da Promotoria, que chamou enfermeiras, médicos legistas, investigadores da polícia e funcionários do aeroporto, entre outras testemunhas.

Kim Jong-nam morreu no dia 13 de fevereiro de 2017, 30 minutos depois de ser atacado no terminal de saída internacional do aeroporto de Kuala Lumpur, quando pegaria um voo para Macau.

No controle de check in, Doan Thi Huong e Siti Aisyah se aproximaram e jogaram em seu rosto um líquido que, segundo elas, acreditavam ser inofensivo.

Analistas do departamento químico malaio identificaram o veneno utilizado como o agente nervoso VX, um líquido oleoso incolor e sem cheiro considerado pelas Nações Unidas como arma de destruição em massa.

Kim Jong-nam, irmão por parte de pai de Kim Jong-un, já foi considerado um dia como favorito para herdar a liderança do regime norte-coreano, mas caiu em desgraça em 2001 e viveu os últimos anos no exílio.