Topo

Xi destaca a Mattis importância das relações entre China e EUA

27/06/2018 10h31

Pequim, 27 jun (EFE).- O presidente da China, Xi Jinping, destacou nesta quarta-feira ao secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, a importância da relação entre ambas potências, além do atual aumento das tensões bilaterais.

Xi se reuniu com Mattis no Grande Palácio do Povo, por ocasião da visita do secretário americano a Pequim e em meio ao crescente temor a uma guerra comercial entre Washington e Pequim, e também pelo aumento da tensão militar.

Neste contexto, Xi recalcou que as questões que unem ambas potências "superam em muito" suas diferenças, segundo indicou o Ministério chinês de Defesa.

O líder chinês recalcou que os países são cada vez mais interdependentes entre si e que a relação entre EUA e a China é uma das mais importantes no mundo todo, por isso que pediu que ambos mantenham o "impulso positivo" de sua cooperação militar.

Por sua vez, o responsável americano de Defesa apontou também para a importância que os Estados Unidos dão à relação bilateral.

Mattis ressaltou, além disso, o objetivo de aumentar e reforçar a cooperação com Pequim em questões como redução de riscos ou aumento de medidas de confiança, sempre segundo o Ministério chinês, já que a embaixada americana ainda não ofereceu informações sobre a reunião.

Mattis, que realiza uma excursão asiática que inclui escalas na Coreia do Sul e Japão, também se reuniu hoje com o ministro chinês de Defesa, Wei Fenghe, na primeira visita oficial a Pequim de um chefe do Pentágono desde 2014.

Wei afirmou, durante uma cerimônia oficial de boas-vindas a Mattis, que a visita deste último ajudará a aliviar a tensão e a promover a confiança mútua entre as forças armadas de ambas potências econômicas e militares.

Apesar da aparente boa sintonia entre Xi e o presidente americano, Donald Trump, manifestada em duas visitas em ambos países, as medidas comerciais iniciadas pelo líder americano e respondidas pela China levaram ambos gigantes econômicos às portas de uma guerra comercial.

Além disso, os EUA aumentaram o sistema de patrulhas aeronavais, em defesa da liberdade de navegação em zonas do Mar da China Meridional que Washington considera águas internacionais e Pequim reivindica como próprias.

Neste último aspecto, Xi não tentou se mostrar conciliador, ao assegurar hoje a Mattis que em questões relativas à soberania e integridade territoriais da China a posição de seu país é clara. "O território deixados por nossos antepassados não deve ser perdido", disse.

Outro fator recente de tensão foi a retirada do convite que o Pentágono tinha feito às Forças Armadas chinesas para participar das manobras navais RimPac que começam amanhã no Havaí.