Associação judaica argentina inaugura mural em memória de atentado de 1994
Buenos Aires, 29 jun (EFE).- A Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) apresentou nesta sexta-feira "O Muro da Memória" em sua sede em Buenos Aires, um imenso mural grafitado com o qual pretende lembrar e pedir justiça pelo atentado sofrido pela entidade em 1994, que deixou 85 mortos e 300 feridos.
Em uma cerimônia à qual compareceram sobreviventes, familiares das vítimas e funcionários da instituição, o popular grafiteiro argentino Martín Ron apresentou sua obra, na qual é possível apreciar uma multidão de pessoas mostrando fotografias das vítimas ao redor de uma escada pela qual um jovem sobe enquanto outro tenta descer.
"O que vemos é uma exigência, é a foto literal da reivindicação que acontece todos os anos, e o que ganhou novo significado foram as colunas, que se transformaram em escadas para conectar a dualidade entre luz e escuridão, terra e céu", explicou o artista à Agência Efe sobre o mural, que tem 30 metros de altura por 20 de comprimento.
A escada, que utiliza como base as únicas duas colunas que resistiram ao atentado, também serve, segundo Ron, para marcar a forma na qual "dois mundos se conectam, que é a metáfora de quem procura e de quem encontra a justiça".
O presidente da Amia, Agustín Zbar, viu a apresentação da peça, que aconteceu às 9h53 locais (mesmo horário em Brasília), o horário exato em que, nesse mesmo lugar, explodiu a bomba em 18 de julho de 1994, como mais uma forma de manter "na memória coletiva a reivindicação por justiça".
"Que seja estabelecida toda a mecânica, toda a logística e execução do crime contra a Amia", pediu Zbar.
Durante o ato houve um pronunciamento de Sófia Guterman, que perdeu sua única filha no atentado e que se emocionou quando viu como um dos sobreviventes dava as últimas pinceladas no mural.
Para ela, a "dor" continua, já que em 2019 serão "celebradas as bodas de prata da impunidade".
"É uma luta muito longa e sem resultados", lamentou Guterman, que insistiu que este "é um caso que, desde o princípio, teve cúmplices" que prejudicaram as investigações.
O atentado, que a comunidade judaica atribui ao Irã e ao grupo Hezbollah, foi o segundo contra judeus na Argentina, depois que 29 pessoas morreram em 1992 na explosão de uma bomba em frente à embaixada israelense, uma ação que também não foi esclarecida até hoje.
A cada 18 de julho, familiares e sobreviventes se reúnem em frente à Amia para pedir justiça e que o processo avance.
Em uma cerimônia à qual compareceram sobreviventes, familiares das vítimas e funcionários da instituição, o popular grafiteiro argentino Martín Ron apresentou sua obra, na qual é possível apreciar uma multidão de pessoas mostrando fotografias das vítimas ao redor de uma escada pela qual um jovem sobe enquanto outro tenta descer.
"O que vemos é uma exigência, é a foto literal da reivindicação que acontece todos os anos, e o que ganhou novo significado foram as colunas, que se transformaram em escadas para conectar a dualidade entre luz e escuridão, terra e céu", explicou o artista à Agência Efe sobre o mural, que tem 30 metros de altura por 20 de comprimento.
A escada, que utiliza como base as únicas duas colunas que resistiram ao atentado, também serve, segundo Ron, para marcar a forma na qual "dois mundos se conectam, que é a metáfora de quem procura e de quem encontra a justiça".
O presidente da Amia, Agustín Zbar, viu a apresentação da peça, que aconteceu às 9h53 locais (mesmo horário em Brasília), o horário exato em que, nesse mesmo lugar, explodiu a bomba em 18 de julho de 1994, como mais uma forma de manter "na memória coletiva a reivindicação por justiça".
"Que seja estabelecida toda a mecânica, toda a logística e execução do crime contra a Amia", pediu Zbar.
Durante o ato houve um pronunciamento de Sófia Guterman, que perdeu sua única filha no atentado e que se emocionou quando viu como um dos sobreviventes dava as últimas pinceladas no mural.
Para ela, a "dor" continua, já que em 2019 serão "celebradas as bodas de prata da impunidade".
"É uma luta muito longa e sem resultados", lamentou Guterman, que insistiu que este "é um caso que, desde o princípio, teve cúmplices" que prejudicaram as investigações.
O atentado, que a comunidade judaica atribui ao Irã e ao grupo Hezbollah, foi o segundo contra judeus na Argentina, depois que 29 pessoas morreram em 1992 na explosão de uma bomba em frente à embaixada israelense, uma ação que também não foi esclarecida até hoje.
A cada 18 de julho, familiares e sobreviventes se reúnem em frente à Amia para pedir justiça e que o processo avance.
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