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Nawaz e Maryam Sharif afirmam que retornarão ao Paquistão na sexta-feira

07/07/2018 15h13

Islamabad, 7 jul (EFE).- O ex-primeiro-ministro paquistanês Nawaz Sharif e sua filha Maryam, condenados na sexta-feira a dez e sete anos de prisão, respectivamente, pela propriedade de quatro apartamentos de luxo em Londres, anunciaram neste sábado que retornarão ao Paquistão no próximo dia 13 de julho.

"Os médicos disseram que não podem dizer quando Ami recuperará a consciência, mas decidimos voltar na sexta-feira se Deus quiser", escreveu Maryam na sua conta oficial no Twitter ainda em Londres, onde sua mãe, esposa do ex-primeiro-ministro, está internada em um hospital se tratando de um câncer.

O ex-premiê tinha afirmado ontem em uma coletiva de imprensa que retornaria ao seu país quando sua mulher "fosse retirada do respirador artificial e recuperasse a consciência".

Um tribunal anticorrupção condenou Nawaz ontem a dez anos de prisão pela propriedade de quatro apartamentos de luxo em Londres, um ano depois de ser inabilitado como político.

O juiz Mohammed Bashir também sentenciou a sete anos de prisão a filha de Nawaz, Maryam, também pela propriedade dos apartamentos e a um ano mais por apresentar documentos falsificados.

Sharif foi inabilitado em julho de 2017 pelo Tribunal Supremo por não revelar um salário que recebeu de uma empresa de um filho, uma irregularidade descoberta durante uma investigação iniciada por causa dos Panama Papers.

Esses documentos mostraram em abril de 2016 que três dos quatro filhos de Sharif criaram companhias nas Ilhas Virgens Britânicas através das quais controlam propriedades em Londres, o que levou o Supremo a iniciar uma investigação após um ano de protestos da oposição.

Por sua parte, Nawaz denunciou que foi inabilitado porque seu governo acusou o ex-ditador militar Pervez Musharraf de traição nos tribunais do país.