Populistas e social-democratas tchecos tomam posse com apoio dos comunistas
Praga, 12 jul (EFE).- O governo da República Tcheca, formado pela populista Aliança de Cidadãos Descontentes (ANO), com o primeiro-ministro Andrej Babis à frente, e o Partido Social-Democrata (CSSD), conseguiu ser empossado nesta quinta-feira (data local) no parlamento graças ao apoio comunista, segundo informou a emissora pública "CT24".
A 264 dias dos pleitos legislativos, a República Tcheca tem um Executivo legítimo respaldado pela Câmara, depois que 105 dos 196 legisladores presentes votaram a favor da aliança, entre eles 14 deputados do Partido Comunista de Boêmia e Morávia (KSCM), que foram decisivos para superar o trâmite.
Populistas e social-democratas governarão em minoria, com 93 deputados na Câmara (de um total de 200), e dependerão do "pacto de tolerância" assinado com os comunistas de Vojtech Filip.
O alcance desse pacto não foi revelado pelos respectivos líderes e foi criticado por parte da população tcheca, insatisfeita com o possível regresso dos comunistas aos órgãos de poder quase 30 anos depois da derrocada do regime pró-soviético em 1989.
"Nossa prioridade é a migração. Não queremos cotas, não queremos redistribuição obrigatória de imigrantes, queremos cooperação com o V4 (Grupo de Visegrado)", disse Babis hoje em seu discurso à Câmara, em referência os quatro países ex-comunistas do leste da Europa (República Tcheca, Hungria, Polônia e Eslováquia) que impulsionam, junto com a Áustria, uma dura política anti-imigração.
Entre as prioridades da nova equipe governamental, Babis citou a reforma da previdência, a agenda digital para simplificar o trabalho com a administração pública e "a luta pelos interesses tchecos na União Europeia e os interesses do bloco no mundo".
Desde começo da manhã, centenas de pessoas se aglomeraram nas imediações do parlamento para tentar impedir o prosseguimento do trâmite, que representa uma reedição da coalizão da legislatura passada, da qual agora se desprenderam os democratas-cristãos e requererá o envolvimento da esquerda radical.
Nenhuma força do parlamento, excetuando social-democratas e comunistas, se mostrou disposta a sentar-se para negociar com o vencedor do último pleito, o magnata multimilionário Babis, que em janeiro perdeu o foro privilegiado para ser investigado por uso fraudulento de fundos comunitários.
Após outras alternativas de governo não se concretizarem, esta foi apoiada pelo chefe de Estado, Milos Zeman, que é quem nomeia os membros do Executivo.
Zeman esteve hoje na sessão de posse e foi recebido com gritos de protesto e insultos, como "barata russa", por seu apoio ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, para tirar-lhe de seu isolamento político após a anexação da Crimeia, e por ter facilitado este acerto institucional com os comunistas.
A 264 dias dos pleitos legislativos, a República Tcheca tem um Executivo legítimo respaldado pela Câmara, depois que 105 dos 196 legisladores presentes votaram a favor da aliança, entre eles 14 deputados do Partido Comunista de Boêmia e Morávia (KSCM), que foram decisivos para superar o trâmite.
Populistas e social-democratas governarão em minoria, com 93 deputados na Câmara (de um total de 200), e dependerão do "pacto de tolerância" assinado com os comunistas de Vojtech Filip.
O alcance desse pacto não foi revelado pelos respectivos líderes e foi criticado por parte da população tcheca, insatisfeita com o possível regresso dos comunistas aos órgãos de poder quase 30 anos depois da derrocada do regime pró-soviético em 1989.
"Nossa prioridade é a migração. Não queremos cotas, não queremos redistribuição obrigatória de imigrantes, queremos cooperação com o V4 (Grupo de Visegrado)", disse Babis hoje em seu discurso à Câmara, em referência os quatro países ex-comunistas do leste da Europa (República Tcheca, Hungria, Polônia e Eslováquia) que impulsionam, junto com a Áustria, uma dura política anti-imigração.
Entre as prioridades da nova equipe governamental, Babis citou a reforma da previdência, a agenda digital para simplificar o trabalho com a administração pública e "a luta pelos interesses tchecos na União Europeia e os interesses do bloco no mundo".
Desde começo da manhã, centenas de pessoas se aglomeraram nas imediações do parlamento para tentar impedir o prosseguimento do trâmite, que representa uma reedição da coalizão da legislatura passada, da qual agora se desprenderam os democratas-cristãos e requererá o envolvimento da esquerda radical.
Nenhuma força do parlamento, excetuando social-democratas e comunistas, se mostrou disposta a sentar-se para negociar com o vencedor do último pleito, o magnata multimilionário Babis, que em janeiro perdeu o foro privilegiado para ser investigado por uso fraudulento de fundos comunitários.
Após outras alternativas de governo não se concretizarem, esta foi apoiada pelo chefe de Estado, Milos Zeman, que é quem nomeia os membros do Executivo.
Zeman esteve hoje na sessão de posse e foi recebido com gritos de protesto e insultos, como "barata russa", por seu apoio ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, para tirar-lhe de seu isolamento político após a anexação da Crimeia, e por ter facilitado este acerto institucional com os comunistas.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.