Otan diz que aliados receberam recado de Trump sobre gastos com defesa
Bruxelas, 12 jul (EFE).- O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o norueguês Jens Stoltenberg, afirmou nesta quinta-feira que todos os países-membros da aliança ouviram "em alto e bom som" a mensagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre gastos militares, e que as discussões a respeito foram "francas".
"Todos os aliados ouviram em alto e bom som a mensagem do presidente Trump", afirmou Stoltenberg durante a entrevista coletiva posterior à cúpula de líderes da Otan em Bruxelas.
O ex-primeiro-ministro da Noruega lembrou que disse no início da semana que esperava discussões "francas" sobre investimento militar e assinalou que "foi exatamente isto" o que aconteceu na organização, pois, segundo ele, "é o que se faz entre amigos e aliados".
"Entendemos que este presidente americano leva muito a sério os gastos em defesa e isto está tendo impacto evidente", disse o secretário-geral da Aliança, que detalhou que, após anos de cortes nas forças armadas, os investimentos estão aumentando.
Além disso, Stoltenberg confirmou que, desde que o presidente americano esteve em maio de 2017 na cúpula da Otan, os aliados do Velho Continente e o Canadá destinaram mais de US$ 40 bilhões ao setor militar.
Durante uma entrevista coletiva anterior, Trump afirmou que os países-membros da Aliança, sem incluir os Estados Unidos, destinaram desde o ano passado US$ 33 bilhões aos gastos com defesa, mas ontem assinalou que foram investidos US$ 40 bilhões desde a cúpula de 2017 e considerou o mesmo "um passo, mas um passo muito pequeno".
De qualquer maneira, hoje Trump acrescentou que os valores dos gastos militares poderiam inclusive superar esses US$ 40 bilhões, como finalmente indicou Stoltenberg.
Sobre a decisão de interromper hoje a agenda da Otan para voltar a discutir os investimentos em defesa, o secretário-geral explicou que os países da organização sentiam que não tinham concluído a discussão sobre a divisão da carga financeira ontem e que era necessário seguir com ela.
De todas formas, o secretário-geral da Aliança considerou que a reunião deste ano foi "uma boa cúpula".
"Tivemos uma boa cúpula não porque tudo estivesse prescrito, mas porque foi uma discussão aberta e boa, na qual mantivemos uma troca de argumentos e de pontos de vista franca e respeitosa", assinalou o político norueguês.
Além disso, Stoltenberg frisou que as diferentes posições entre os países aliados não são um problema enquanto for possível tomar decisões e indicou que a necessidade de investir mais em defesa se deve ao fato de o mundo atual estar "mais perigoso e imprevisível", e que qualquer despesa adicional dos países que não atingem a meta de 2% do PIB representa uma melhora na divisão de responsabilidades.
Os países-membros da Otan se comprometeram na cúpula do País de Gales, em 2014, a destinarem 2% de seu PIB aos gastos com defesa em uma década, o que se transformou na maior exigência de Donald Trump a seus aliados e foi o foco dos debates da reunião de chefes de Estado e de governo da organização que terminou hoje em Bruxelas.
"Todos os aliados ouviram em alto e bom som a mensagem do presidente Trump", afirmou Stoltenberg durante a entrevista coletiva posterior à cúpula de líderes da Otan em Bruxelas.
O ex-primeiro-ministro da Noruega lembrou que disse no início da semana que esperava discussões "francas" sobre investimento militar e assinalou que "foi exatamente isto" o que aconteceu na organização, pois, segundo ele, "é o que se faz entre amigos e aliados".
"Entendemos que este presidente americano leva muito a sério os gastos em defesa e isto está tendo impacto evidente", disse o secretário-geral da Aliança, que detalhou que, após anos de cortes nas forças armadas, os investimentos estão aumentando.
Além disso, Stoltenberg confirmou que, desde que o presidente americano esteve em maio de 2017 na cúpula da Otan, os aliados do Velho Continente e o Canadá destinaram mais de US$ 40 bilhões ao setor militar.
Durante uma entrevista coletiva anterior, Trump afirmou que os países-membros da Aliança, sem incluir os Estados Unidos, destinaram desde o ano passado US$ 33 bilhões aos gastos com defesa, mas ontem assinalou que foram investidos US$ 40 bilhões desde a cúpula de 2017 e considerou o mesmo "um passo, mas um passo muito pequeno".
De qualquer maneira, hoje Trump acrescentou que os valores dos gastos militares poderiam inclusive superar esses US$ 40 bilhões, como finalmente indicou Stoltenberg.
Sobre a decisão de interromper hoje a agenda da Otan para voltar a discutir os investimentos em defesa, o secretário-geral explicou que os países da organização sentiam que não tinham concluído a discussão sobre a divisão da carga financeira ontem e que era necessário seguir com ela.
De todas formas, o secretário-geral da Aliança considerou que a reunião deste ano foi "uma boa cúpula".
"Tivemos uma boa cúpula não porque tudo estivesse prescrito, mas porque foi uma discussão aberta e boa, na qual mantivemos uma troca de argumentos e de pontos de vista franca e respeitosa", assinalou o político norueguês.
Além disso, Stoltenberg frisou que as diferentes posições entre os países aliados não são um problema enquanto for possível tomar decisões e indicou que a necessidade de investir mais em defesa se deve ao fato de o mundo atual estar "mais perigoso e imprevisível", e que qualquer despesa adicional dos países que não atingem a meta de 2% do PIB representa uma melhora na divisão de responsabilidades.
Os países-membros da Otan se comprometeram na cúpula do País de Gales, em 2014, a destinarem 2% de seu PIB aos gastos com defesa em uma década, o que se transformou na maior exigência de Donald Trump a seus aliados e foi o foco dos debates da reunião de chefes de Estado e de governo da organização que terminou hoje em Bruxelas.
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