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Netanyahu considera "histórica" aprovação de lei de nacionalidade judaica

19/07/2018 07h46

Jerusalém, 19 jul (EFE).- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, considerou que "este é um momento decisivo na história do sionismo e do Estado de Israel", depois que o Parlamento aprovou a Lei Básica da Nação-Estado, que garante a identidade judaica do país.

"Consagramos na lei o princípio básico da nossa existência", declarou o chefe de Governo na sua conta do Facebook sobre a nova legislação que só reconhece a autodeterminação no país a este grupo.

"Israel é o Estado-nação do povo judeu, que respeita os direitos individuais de todos seus cidadãos. Este é o nosso Estado, o Estado judeu", afirmou, acrescentando: "Hoje o tornamos lei: esta é a nossa nação, idioma e bandeira".

O propósito da lei, segundo o texto, "é assegurar o caráter de Israel como estado nacional dos judeus a fim de codificar em uma lei básica os valores de Israel como um estado democrático judeu no espírito dos princípios da sua Declaração da Independência".

Isto inclui o hino Hatikva (adaptação musical de um poema judaico sobre o retorno do povo a Israel), a bandeira branca e azul com a estrela de David no centro, uma menorá (candelabro judeu) de sete braços com ramos de oliveira nos extremos como símbolo do país e o hebraico como língua oficial.

O presidente do Parlamento, Yuli Edelstein, também declarou com espírito de comemoração que o plenário havia "feito história" ao aprovar "uma das leis mais importantes que já passaram pelo Knesset", informou a rádio do Exército.

Os críticos da lei assinalam que é discriminatória para as minorias, como os árabes israelenses (palestinos que ficaram dentro das fronteiras de Israel após a criação do Estado, em 1948), e que as provoca de maneira desnecessária ao ressaltar o tratamento estatal preferencial aos judeus.

"Ninguém acredita que ao Governo interessa a nacionalidade nem o Estado de Israel", disse Shelly Yachimovich, deputada do partido trabalhista da oposição União Sionista, a qual acrescentou que esta lei fomenta uma forma "maléfica de nacionalismo que odeia o outro", segundo o jornal "Yedioth Ahronoth".