Trump diz que gravação de advogado é "algo inédito e talvez ilegal"
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado (21) ser "inédito" e "talvez ilegal" as gravações feitas por seu ex-advogado, Michael Cohen, de uma conversa na qual ambos falavam sobre pagamentos a uma ex-modelo da Playboy que dizia ter tido uma aventura com o magnata, como antecipou o jornal "The New York Times".
"É inconcebível que o Governo arrombe o escritório de um advogado (no começo da manhã) - algo quase inédito", disse Trump no Twitter.
"Mas é inclusive mais inconcebível que um advogado possa gravar um cliente - totalmente inédito e talvez ilegal. As boas notícias são que o seu presidente favorito não fez nada errado", ressaltou.
Trump respondia assim à informação obtida pelo jornal nova-iorquino que cita advogados e outras fontes familiarizadas com a gravação, apreendida pelo FBI durante uma revista ao escritório de Cohen, que é investigado por envolvimento em pagamentos a mulheres com o objetivo de silenciar notícias potencialmente prejudiciais para Trump antes das eleições de 2016.
A investigação federal procura esclarecer se esses pagamentos violaram as leis de financiamento de campanhas eleitorais, e durante a revista realizada em abril, o FBI confiscou vários documentos que credenciavam uma transferência de US$ 130 mil do advogado de Trump à atriz pornô Stormy Daniels.
Segundo informou o jornal então, na batida os agentes também apreenderamm documentos vinculados a outras duas mulheres, uma delas Karen McDougal, uma ex-modelo da Playboy que afirmou ter tido um romance de um ano com Trump em 2006 e que foi identificada na sexta-feira como a mulher na gravação.
O advogado pessoal de Trump, Rudolph Giuliani, confirmou ao "NYT" na sexta-feira que o líder fala na gravação - de menos de dois minutos - com Cohen sobre o pagamento à mulher, mas disse que a transferência finalmente não foi realizada, por isso que o documento é "uma poderosa prova exculpatória".
"Nada nessa conversa sugere que (Trump) tivesse nenhum conhecimento de antemão sobre isso", disse Giuliani, que acrescentou que o magnata indicou a Cohen que se tivesse que fazer um pagamento, que realizasse o mesmo em cheque, ao invés de recorrer ao dinheiro.
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