Governo de Guiné Equatorial rejeita formação de Executivo de união nacional
Nairóbi, 22 jul (EFE).- O Governo de Guiné Equatorial rejeitou neste domingo a formação de um Executivo de união nacional transitório que levaria às eleições, confirmou à Agência Efe o líder da opositora Convergência para a Democracia Social (CPDS), Andrés Esono.
A rejeição aconteceu no marco da VI Mesa de Diálogo Nacional, que encerrou no sábado no Palácio de Conferências de Sipopo (arredores de Malabo) as sessões públicas e deu passagem a um reunião a portas fechadas para que as delegações do Executivo e a oposição tentassem chegar a acordos.
"Achávamos que reunião a portas fechadas seria para negociar a fim de chegar a um acordo. E não serviu para isso", declarou à Agência Efe por telefone Esono desde o fórum de diálogo.
O secretário-geral do primeiro partido legalizado da oposição ressaltou o pedido que "havia para mudar e formar um Governo de salvação nacional, um Governo capaz de fazer a transição política no país".
Mas "isso foi rejeitado plenamente dizendo que seu Governo acaba de sair de eleições", em aparente alusão às legislativas de novembro, nas quais o governante Partido Democrático de Guiné Equatorial (PDGE) obteve mais de 98% dos votos.
"Pedimos que sejam adotados acordos cujos objetivos estejam voltados a melhorar as condições de participação eleitoral, que comecemos a preparar as eleições que possibilitem se não a alternância democrática no poder, pelo menos eleições que sejam uma oportunidade para que o povo se pronuncie livremente", acrescentou.
Mas, segundo Esono, "também não aceitaram isto" porque o Governo entende que "o país funciona" e que "tudo vai bem", por isso que "não há nada o que modificar".
O dirigente de CPDS afirmou que o Governo, "como nas cinco ocasiões anteriores (as cinco mesas de diálogo prévio), quis utilizar a oposição para tentar melhorar sua imagem perante a comunidade internacional".
Mais uma vez, Esono denunciou também "a recusa do Governo a aplicar o decreto de anistia feito pelo próprio presidente da República", Teodoro Obiang, no último dia 4 para libertar os presos políticos.
O próprio Obiang encerrará nesta segunda-feira a Mesa de Diálogo, quando espera-se que sejam divulgados os acordos alcançados entre as partes.
O outro grande partido da oposição do país, Cidadãos pela Inovação (CI), única formação que obteve representação nas eleições legislativas e municipais de novembro de 2017, não foi convidado por ter sido declarado ilegal em fevereiro.
Outros atores políticos relevantes da oposição rejeitaram participar da Mesa de Diálogo, como o autoproclamado presidente do Governo no exílio, Severa Moto, e o Movimento pela Autodeterminação da Ilha de Bioko (MAIB).
O presidente Obiang iniciou a conferência na segunda-feira, na qual discursam 17 formações, e pediu "sinceridade" e "humildade".
Desde sua independência da Espanha em 1968, Guiné Equatorial é considerado um dos países mais repressivos do mundo devido às acusações de detenções e torturas de dissidentes.
Também são constantes as denúncias de repetidos fraudes eleitorais por parte da oposição e da comunidade internacional.
A rejeição aconteceu no marco da VI Mesa de Diálogo Nacional, que encerrou no sábado no Palácio de Conferências de Sipopo (arredores de Malabo) as sessões públicas e deu passagem a um reunião a portas fechadas para que as delegações do Executivo e a oposição tentassem chegar a acordos.
"Achávamos que reunião a portas fechadas seria para negociar a fim de chegar a um acordo. E não serviu para isso", declarou à Agência Efe por telefone Esono desde o fórum de diálogo.
O secretário-geral do primeiro partido legalizado da oposição ressaltou o pedido que "havia para mudar e formar um Governo de salvação nacional, um Governo capaz de fazer a transição política no país".
Mas "isso foi rejeitado plenamente dizendo que seu Governo acaba de sair de eleições", em aparente alusão às legislativas de novembro, nas quais o governante Partido Democrático de Guiné Equatorial (PDGE) obteve mais de 98% dos votos.
"Pedimos que sejam adotados acordos cujos objetivos estejam voltados a melhorar as condições de participação eleitoral, que comecemos a preparar as eleições que possibilitem se não a alternância democrática no poder, pelo menos eleições que sejam uma oportunidade para que o povo se pronuncie livremente", acrescentou.
Mas, segundo Esono, "também não aceitaram isto" porque o Governo entende que "o país funciona" e que "tudo vai bem", por isso que "não há nada o que modificar".
O dirigente de CPDS afirmou que o Governo, "como nas cinco ocasiões anteriores (as cinco mesas de diálogo prévio), quis utilizar a oposição para tentar melhorar sua imagem perante a comunidade internacional".
Mais uma vez, Esono denunciou também "a recusa do Governo a aplicar o decreto de anistia feito pelo próprio presidente da República", Teodoro Obiang, no último dia 4 para libertar os presos políticos.
O próprio Obiang encerrará nesta segunda-feira a Mesa de Diálogo, quando espera-se que sejam divulgados os acordos alcançados entre as partes.
O outro grande partido da oposição do país, Cidadãos pela Inovação (CI), única formação que obteve representação nas eleições legislativas e municipais de novembro de 2017, não foi convidado por ter sido declarado ilegal em fevereiro.
Outros atores políticos relevantes da oposição rejeitaram participar da Mesa de Diálogo, como o autoproclamado presidente do Governo no exílio, Severa Moto, e o Movimento pela Autodeterminação da Ilha de Bioko (MAIB).
O presidente Obiang iniciou a conferência na segunda-feira, na qual discursam 17 formações, e pediu "sinceridade" e "humildade".
Desde sua independência da Espanha em 1968, Guiné Equatorial é considerado um dos países mais repressivos do mundo devido às acusações de detenções e torturas de dissidentes.
Também são constantes as denúncias de repetidos fraudes eleitorais por parte da oposição e da comunidade internacional.
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