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Incêndios florestais na Grécia deixam pelo menos 49 mortos e 172 feridos

24/07/2018 06h18

(Atualiza número provisório de mortos e acrescenta mais detalhes).

Atenas, 24 jul (EFE).- Pelo menos 49 pessoas morreram e 172 ficaram feridas nos graves incêndios que arrasam desde segunda-feira a costa nordeste de Atenas, capital da Grécia, segundo os últimos dados divulgados pela Proteção Civil.

O serviço de emergências indicou que 11 dos feridos estão internados em estado crítico e teme-se que o número de mortos aumente, já que se estão recebendo várias chamadas de pessoas avisando que seus parentes seguem desaparecidos.

Todas as vítimas foram encontradas na área entre o porto de Rafina, a 30 quilômetros de Atenas, e Nea Makri.

Grande parte dos mortos estavam presos pelas chamas em suas residências ou automóveis, ou tentaram fugir do fogo jogando-se no mar, mas acabaram se afogando.

Depois de recuperar os corpos de 24 pessoas em diferentes pontos da região, os bombeiros encontraram esta manhã um grupo de 25 pessoas - anteriormente a informação era que se tratava de 26 - em um campo aberto localizado na pequena cidade de Mati.

Segundo uma porta-voz do corpo de bombeiros, entre as vítimas havia várias crianças.

As vítimas estavam abraçadas e aparentemente tentaram fugir sem sucesso dos edifícios vizinhos que já estavam pegando fogo.

Especialmente trágico é o fato que o terreno em questão estava a 30 metros do mar, distância que as vítimas não conseguiram superar.

A área afetada não apenas um local para residência de muitas pessoas que viajam para Atenas todos os dias, mas também destino de fim de semana e veraneio dos atenienses.

Segundo informou o prefeito de Rafina, Evangelos Bournous, pelo menos 1 mil casas foram destruídas e 200 veículos foram danificados em maior ou menor grau pelas chamas.

Segundo o Corpo de Bombeiros, atualmente ainda há três incêndios em curso na região de Ática.

No total, foram registrados nas últimas 24 horas 47 incêndios florestais e mais de 70 urbanos em toda a Grécia.

Os trabalhos de combate ao fogo continuaram durante a noite de ontem, mas foram dificultadas pelos fortes ventos.

Depois que as autoridades declararam estado de emergência e solicitaram ajuda internacional, o porta-voz do Governo, Dimitris Tzanakopoulos, anunciou que hoje chegarão aviões de combate a incêndio vindos da Espanha, assim como voluntários do Chipre.

A última tragédia de dimensões parecidas aconteceu no verão de 2007, quando 64 pessoas morreram nos mais de 3 mil incêndios registrados na península do Peloponeso.