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Trump diz que não foi informado sobre reunião entre filho e advogada russa

27/07/2018 11h52

Washington, 27 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta sexta-feira as alegações de seu ex-homem de confiança, Michael Cohen, que disse que o líder foi informado antecipadamente sobre a polêmica reunião de seu filho Donald Trump Jr. e uma advogada russa antes das eleições presidenciais de 2016.

"Não sabia do encontro com meu filho. Parece que alguém está tentando inventar histórias com o propósito de se safar de alguma confusão (...). Inclusive se apoiou no advogado de Bill e da 'Malvada' Hillary (Clinton). Caramba!", escreveu Trump em sua conta do Twitter.

Nas mensagens que o líder publicou, Trump voltou a insistir que "a única confabulação com a Rússia foi a dos democratas" e lamentou que, apesar disso, os investigadores estejam analisando seus tweets: "A caça às bruxas continua!".

"Que estúpido e injusto para o nosso país. Não é preciso que os veículos de imprensa me façam perder o tempo com perguntas tolas", escreveu.

Com estas mensagens, o Trump quis desmentir Cohen, que após ter sido um dos seus mais próximos colaboradores durante anos, é investigado pelo procurador especial Robert Mueller, que tenta esclarecer se a equipe de Trump confabulou com o Kremlin para prejudicar a candidata democrata, Hillary Clinton, e conseguir a vitória eleitoral.

Por este motivo, Cohen parece ter dado as costas nestes últimos dias a Trump e começou a divulgar uma série de gravações que poderiam colocar o presidente em apuros.

Além disso, na quinta-feira, Cohen afirmou que o presidente era consciente da reunião mantida entre Donald Jr. e a advogada russa Natalia Veselnitskaya, na qual também estiveram presentes o assessor e genro de Trump, Jared Kuschner, e o então chefe de campanha de Trump, Paul Manafort.

A reunião com a advogada russa na Torre Trump de Nova York se transformou em um dos principais fatores da investigação sobre a chamada trama russa, por isso que Trump Jr. teve que comparecer perante os comitês do Congresso que investigam os supostos laços entre o Kremlin e a campanha do magnata.