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Defesa de Butina admite jantar com suposto chefe da espionagem russa nos EUA

28/07/2018 14h38

Washington, 28 jul (EFE).- Robert Driscoll, o advogado de Maria Butina, a russa acusada de ser agente do Executivo em Moscou nos Estados Unidos, reconheceu que sua cliente se encontrou uma vez com Oleg Zhiganov, que as autoridades consideram chefe da rede de espionagem do Kremlin, informou a imprensa americana neste sábado.

Em prisão preventiva desde o último dia 16, o Ministério Público considera que ela se encontrou várias vezes com Zhiganov, entre elas quando a jovem e o então diretor do Centro Cultural da Rússia em Washington foram vistos jantando em um restaurante da cidade. Os demais encontros, de acordo com as autoridades, aconteceram na embaixada. Driscroll defendeu que os dois só se reuniram por ocasião do jantar, mas disse que existe a possibilidade de que tenham participado de atos organizados pela embaixada russa.

"Pelo que eu sei, só jantaram aquela vez, mas pode ser que tenham se encontrado em algum eventos na embaixada", declarou o advogado ao jornal americano "Politico".

Butina enfrenta diversas acusações por conspiração contra os Estados Unidos e por ter atuado como agente para outro país sem ter notificado corretamente às autoridades. Se for condenada, ela poderia pegar até 15 anos de prisão. Por sua vez, Zhiganov foi um dos 60 funcionários russos expulsos do país em março.

Conforme a acusação, ela teria protagonizado uma suposta operação para tentar favorecer interesses do Kremlin nos Estados Unidos, primeiro a partir do território russo e depois já em solo americano. As ligações de Butina, que trabalhava para um alto funcionário russo, a levaram a manter encontros com políticos americanos e com a influente Associação Nacional do Rifle (NRA).