Partido governante obtém vitória arrasadora em pelito sob suspeita no Camboja
Phnom Penh, 29 jul (EFE).- O governante Partido do Povo do Camboja (PPC) obteve uma vitória arrasadora nas eleições gerais realizadas neste domingo no país, cuja legitimidade foi colocada em interdição depois que o principal partido da oposição foi considerado ilegal.
Segundo os resultados preliminares difundidos pela emissora de televisão estatal para cada uma das 25 províncias do país, o PPC se impôs em todas elas com mais do 80% dos votos válidos emitidos.
Os resultados, que a comissão eleitoral deve anunciar oficialmente em 15 de agosto, permitiriam ao PPC conseguir a grande maioria das 125 cadeiras do parlamento que estavam em jogo na votação.
O veredito das urnas permite que o mandato do primeiro-ministro, Hun Sen, que ostenta o cargo desde 1985, seja prolongado por mais cinco anos. Pouco depois do fechamento das urnas, o premiê agradeceu ao eleitorado.
Mais de 8,3 milhões de cambojanos estavam aptos a votar nestas eleições, às quais concorreram outras 19 candidaturas, a maioria criada os últimos meses, entre as quais não estava o Partido para o Resgate Nacional do Camboja (PRNC).
Esse partido, que em 2013 obteve quase a metade dos votos e nas eleições locais de junho de 2017 voltou a ameaçar a hegemonia do PPC nas urnas, foi considerado ilegal em novembro do ano passado pela Suprema Corte do país.
A decisão do Supremo encerrou uma ofensiva judicial promovida pelo governo que levou à prisão do líder opositor e à fuga para o exílio de mais de 100 de seus dirigentes, que pediram a seus simpatizantes que boicotassem a votação.
A comissão eleitoral, por sua vez, revelou que o boicote não teve nenhum efeito ao situar a participação em 82%, 13 pontos a mais que há cinco anos.
O presidente da instituição, Sik Bun Hok, indicou que 6,8 milhões de pessoas compareceram às urnas, um número ligeiramente superior ao de cinco anos atrás, quando, não obstante, o número de eleitores registrados para votar foi maior.
Durante a apuração, imagens circularam nas redes sociais mostrando várias cédulas em branco ou marcadas como voto nulo em muitas seções eleitorais, o que revelaria um importante voto de protesto. Bun Hok, no entanto, não fez qualquer menção a essas imagens.
A ofensiva contra o PRNC, que teve reflexos na sociedade civil e na imprensa independente, levou os Estados Unidos, a União Europeia, a relatora da ONU e várias ONGs a questionarem a lisura dessas eleições, acusações que o presidente da comissão eleitoral rejeitou.
"Não houve intimidações em absoluto. O povo conhece suas obrigações e sabe exercer seus direitos para escolher o líder que tornará o país mais forte", disse Bun Hok.
"Seguiremos observando se a comunidade internacional respeita a vontade do nosso povo ou não", acrescentou o presidente da comissão eleitoral.
O governo cambojano defendeu o caráter democrático das eleições, destacando a pluralidade de candidaturas e a presença de mais de 80 mil observadores.
Porém, 23 organizações nacionais e internacionais de controle eleitoral criticaram a presença de muitos desses observadores, ao acusá-los de "parcialidade", vínculos com o PPC e falta de preparação.
O pleito de hoje foi o sexto no país desde que a ONU organizou a primeira votação democrática em 1993, dois anos depois dos acordos de paz que puseram fim a mais de duas décadas de guerra civil entre várias facções, entre elas o Khmer Vermelho.
Segundo os resultados preliminares difundidos pela emissora de televisão estatal para cada uma das 25 províncias do país, o PPC se impôs em todas elas com mais do 80% dos votos válidos emitidos.
Os resultados, que a comissão eleitoral deve anunciar oficialmente em 15 de agosto, permitiriam ao PPC conseguir a grande maioria das 125 cadeiras do parlamento que estavam em jogo na votação.
O veredito das urnas permite que o mandato do primeiro-ministro, Hun Sen, que ostenta o cargo desde 1985, seja prolongado por mais cinco anos. Pouco depois do fechamento das urnas, o premiê agradeceu ao eleitorado.
Mais de 8,3 milhões de cambojanos estavam aptos a votar nestas eleições, às quais concorreram outras 19 candidaturas, a maioria criada os últimos meses, entre as quais não estava o Partido para o Resgate Nacional do Camboja (PRNC).
Esse partido, que em 2013 obteve quase a metade dos votos e nas eleições locais de junho de 2017 voltou a ameaçar a hegemonia do PPC nas urnas, foi considerado ilegal em novembro do ano passado pela Suprema Corte do país.
A decisão do Supremo encerrou uma ofensiva judicial promovida pelo governo que levou à prisão do líder opositor e à fuga para o exílio de mais de 100 de seus dirigentes, que pediram a seus simpatizantes que boicotassem a votação.
A comissão eleitoral, por sua vez, revelou que o boicote não teve nenhum efeito ao situar a participação em 82%, 13 pontos a mais que há cinco anos.
O presidente da instituição, Sik Bun Hok, indicou que 6,8 milhões de pessoas compareceram às urnas, um número ligeiramente superior ao de cinco anos atrás, quando, não obstante, o número de eleitores registrados para votar foi maior.
Durante a apuração, imagens circularam nas redes sociais mostrando várias cédulas em branco ou marcadas como voto nulo em muitas seções eleitorais, o que revelaria um importante voto de protesto. Bun Hok, no entanto, não fez qualquer menção a essas imagens.
A ofensiva contra o PRNC, que teve reflexos na sociedade civil e na imprensa independente, levou os Estados Unidos, a União Europeia, a relatora da ONU e várias ONGs a questionarem a lisura dessas eleições, acusações que o presidente da comissão eleitoral rejeitou.
"Não houve intimidações em absoluto. O povo conhece suas obrigações e sabe exercer seus direitos para escolher o líder que tornará o país mais forte", disse Bun Hok.
"Seguiremos observando se a comunidade internacional respeita a vontade do nosso povo ou não", acrescentou o presidente da comissão eleitoral.
O governo cambojano defendeu o caráter democrático das eleições, destacando a pluralidade de candidaturas e a presença de mais de 80 mil observadores.
Porém, 23 organizações nacionais e internacionais de controle eleitoral criticaram a presença de muitos desses observadores, ao acusá-los de "parcialidade", vínculos com o PPC e falta de preparação.
O pleito de hoje foi o sexto no país desde que a ONU organizou a primeira votação democrática em 1993, dois anos depois dos acordos de paz que puseram fim a mais de duas décadas de guerra civil entre várias facções, entre elas o Khmer Vermelho.
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