Primeiro-ministro da Austrália anuncia nova votação sobre sua liderança
Sydney (Austrália), 23 ago (EFE).- O primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull, anunciou nesta quinta-feira uma reunião extraordinária do Partido Liberal, liderado por ele para resolver amanhã a liderança do grupo e, portanto, do país.
"Se a moção (sobre a liderança) for adiante, não me apresentarei como candidato" para permanecer à frente dos liberais e, portanto, como primeiro-ministro australiano, anunciou Turnbull.
Peter Dutton, ex-ministro do Interior e quem na última terça-feira perdeu uma votação sobre Turnbull, reivindicou hoje uma segunda votação para resolver a chefia dos liberais, ao assegurar que Turnbull perdeu a maioria do apoio dentro do partido.
Por sua parte, o procurador-geral da Austrália, Christian Porter, solicitou uma investigação sobre os vínculos de Dutton com duas creches na cidade de Brisbane que receberam subsídios estatais, algo que poderia impedir que exercesse como legislador.
"É importante que antes da reunião tenhamos acesso ao conselho da procuradoria-geral sobre a elegibilidade de Dutton para sentar-se no Parlamento. Isto pode ter um impacto sobre a decisão (de Dutton) de aspirar (ao cargo) ou não", afirmou o líder australiano.
Vários membros do Executivo, alguns supostos aliados de Turnbull, apresentaram sua renúncia nesta manhã ao apoiarem o pedido de votação proposta pelo ex-ministro.
"Com grande tristeza e o coração pesado, ontem fomos dizer ao primeiro-ministro que pensamos que já não possui o apoio da maioria dos membros do Partido Liberal e que pelo bem-estar do Partido Liberal deve ajudar a gerenciar uma transição ordenada para ter um novo líder", disse Mathias Cormann, ministro das Finanças.
Na última terça, Turnbull derrotou Dutton (48 a 35 votos, respectivamente) em outra reunião extraordinária pela liderança do partido.
O premier disse hoje aos jornalistas que uma minoria do partido com apoio "fora do Parlamento" é a que "tenta intimidar" o restante dos representantes e procura a mudança dos liberais para posições mais conservadoras.
A mudança de líder entre os liberais também poderia ameaçar a estabilidade do Executivo, já que a coalizão Liberal-Nacional conta apenas com uma cadeira de diferença no Parlamento de Camberra para manter a maioria.
A Austrália deve realizar eleições gerais em 2019, embora alguns analistas consideram que podem ser antecipadas.
As disputas internas pelo poder e mudanças de líderes se tornaram frequentes na Austrália por quase uma década, tanto nos governos da coalizão Liberal-Nacional como nos do Partido Trabalhista.
"Se a moção (sobre a liderança) for adiante, não me apresentarei como candidato" para permanecer à frente dos liberais e, portanto, como primeiro-ministro australiano, anunciou Turnbull.
Peter Dutton, ex-ministro do Interior e quem na última terça-feira perdeu uma votação sobre Turnbull, reivindicou hoje uma segunda votação para resolver a chefia dos liberais, ao assegurar que Turnbull perdeu a maioria do apoio dentro do partido.
Por sua parte, o procurador-geral da Austrália, Christian Porter, solicitou uma investigação sobre os vínculos de Dutton com duas creches na cidade de Brisbane que receberam subsídios estatais, algo que poderia impedir que exercesse como legislador.
"É importante que antes da reunião tenhamos acesso ao conselho da procuradoria-geral sobre a elegibilidade de Dutton para sentar-se no Parlamento. Isto pode ter um impacto sobre a decisão (de Dutton) de aspirar (ao cargo) ou não", afirmou o líder australiano.
Vários membros do Executivo, alguns supostos aliados de Turnbull, apresentaram sua renúncia nesta manhã ao apoiarem o pedido de votação proposta pelo ex-ministro.
"Com grande tristeza e o coração pesado, ontem fomos dizer ao primeiro-ministro que pensamos que já não possui o apoio da maioria dos membros do Partido Liberal e que pelo bem-estar do Partido Liberal deve ajudar a gerenciar uma transição ordenada para ter um novo líder", disse Mathias Cormann, ministro das Finanças.
Na última terça, Turnbull derrotou Dutton (48 a 35 votos, respectivamente) em outra reunião extraordinária pela liderança do partido.
O premier disse hoje aos jornalistas que uma minoria do partido com apoio "fora do Parlamento" é a que "tenta intimidar" o restante dos representantes e procura a mudança dos liberais para posições mais conservadoras.
A mudança de líder entre os liberais também poderia ameaçar a estabilidade do Executivo, já que a coalizão Liberal-Nacional conta apenas com uma cadeira de diferença no Parlamento de Camberra para manter a maioria.
A Austrália deve realizar eleições gerais em 2019, embora alguns analistas consideram que podem ser antecipadas.
As disputas internas pelo poder e mudanças de líderes se tornaram frequentes na Austrália por quase uma década, tanto nos governos da coalizão Liberal-Nacional como nos do Partido Trabalhista.
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