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Estudo indica que cabras reconhecem pessoas felizes e preferem estar com elas

28/08/2018 22h09

Madri, 28 ago (EFE).- As cabras sabem diferenciar entre as diversas expressões faciais humanas e preferem interagir com as pessoas que se mostram felizes, segundo um estudo da Universidade Queen Mary de Londres que foi publicado nesta terça-feira pela Royal Society Open Science.

De acordo com o comunicado da instituição, o estudo proporciona as primeiras evidências de como as cabras são capazes de perceber os sinais enviados pelas expressões faciais, o que significa que essa habilidade não está reservada a animais com uma longa história de domesticação, como cachorros ou cavalos.

A pesquisa tem implicações para entender como os animais processam as emoções humanas e abre novas vias para entender "a vida emocional de todos os animais domésticos", segundo uma nota da Universidade Queen Mary.

A equipe de especialistas descreve no texto como 20 cabras interagiram com imagens de expressões faciais humanas positivas (felizes) ou negativas (zangadas) e que os animais preferiam relacionar-se com as primeiras.

"O estudo tem implicações importantes sobre como interagimos com o gado e outras espécies porque as capacidades animais para perceber as emoções humanas podem estar estendidas e não só limitadas aos animais de estimação", afirmou, em comunicado, o autor principal do estudo, Alan McElligott, da Universidade Queen Mary.

As cabras observaram em imagens impressas em nível de cinza as faces de um mesmo indivíduo, para elas desconhecido, mostrando expressões felizes e zangadas.

As imagens de caras felizes suscitavam maior interação das cabras que as olhavam, aproximando-se delas e explorando-as com o focinho.

Esta reação era notável quando os rostos felizes eram colocados na parte direita da parede onde eram feitos os testes, o que "sugere que as cabras usam o hemisfério esquerdo do cérebro quando processam uma emoção positiva".

"Já se sabia que as cabras estão muito em sintonia com a linguagem corporal humana, mas o que não sabíamos é que reagem de forma diferente às expressões emocionais das pessoas", ressaltou Christian Nawroth, outro dos autores do estudo.