EUA cortam todos os recursos concedidos ao programa da ONU para a Palestina
O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (31) que decidiu cortar todos os recursos que concede à Agência da ONU de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), o que impactará os serviços oferecidos a milhões de pessoas.
"Os EUA já não dedicarão mais fundos para a operação irremediavelmente defeituosa", afirmou em comunicado a porta-voz do Departamento de Estado americano, Heather Nauert.
Heather explicou que o governo "analisou minuciosamente o tema e determinou que os EUA não farão contribuições adicionais à UNRWA", embora tenha afirmado que o país está "profundamente preocupado" com o impacto que a medida terá sobre "os palestinos inocentes, especialmente os estudantes".
Os EUA eram o maior doador da UNRWA, cujo financiamento é feito de forma quase exclusiva de contribuições voluntárias dos Estados membros das Nações Unidas.
O governo do presidente norte-americano, Donald Trump, tinha questionado o sistema de financiamento da UNRWA ao considerar que Washington assumia um "peso desproporcional" e, ao não ter visto mudanças "suficientes" em seu funcionamento, decidiu hoje cancelar suas contribuições, detalhou Heather.
Nesse sentido, a porta-voz afirmou que os EUA deixarão de ajudar a UNRWA devido ao "fracasso" da agência, seus membros e seus doadores internacionais em reformá-la.
Em janeiro, os EUA já tinham cortado boa parte das contribuições financeiras à UNRWA, motivo pelo qual neste ano só entregou US$ 65 milhões ao invés dos mais de US$ 360 milhões previstos, o que acarretou graves problemas econômicos à agência para manter os serviços.
A decisão anunciada hoje faz com que esses US$ 65 milhões sejam a última doação do governo Trump à UNRWA.
Os EUA fornecem tradicionalmente cerca de um terço do orçamento da UNRWA, que em 2017 chegou a US$ 1,1 bilhão, um número que contrasta com os quase US$ 4 bilhões em ajuda militar anual que Washington proporciona a Israel.
A relação entre o governo de Trump e as autoridades palestinas se deteriorou desde que o presidente norte-americano reconheceu Jerusalém como capital de Israel, em dezembro do ano passado, já que a cidade é reivindicada pela Palestina como sede administrativa e religiosa do seu futuro Estado.
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