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Venezuelanos estão saindo do país com bolsos cheios de dólares, diz Maduro

Grande maioria dos venezuelanos está no país trabalhando, estudando e lutando, afirmou Nicolás Maduro, presidente da Venezuela - Reuters
Grande maioria dos venezuelanos está no país trabalhando, estudando e lutando, afirmou Nicolás Maduro, presidente da Venezuela Imagem: Reuters

Em Caracas, da EFE

11/09/2018 21h51

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira que cidadãos que decidiram fugir do país devido à severa crise econômica estão saindo com os bolsos cheios de dólares, seduzidos por ofertas enganosas que fazem parte de uma campanha internacional contra seu governo.

"Uma característica da imigração venezuelana é que eles saem do país com os bolsos cheios de dólares. O mínimo que levam é US$ 5 mil. Isso é prática. Eles vendem uma moto, um carro. Alguns venderam até seus apartamentos", disse Maduro em um evento com jovens.

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Maduro afirmou que os venezuelanos estão recebendo mensagens por meio das redes sociais que fazem parte de uma campanha que busca "impor uma crise humanitária migratória" para "justificar a intervenção na Venezuela pelas vias militar e política".

Segundo ele, nas plataformas digitais, os venezuelanos recebem ofertas de "pacotes fraudulentos" com os quais obteriam benefícios econômicos se deixassem o país. E ressaltou que apenas alguns aceitam serem seduzidos pelas mensagens vindas do exterior.

"A grande maioria não. A grande maioria está na Venezuela trabalhando, estudando, lutando. É uma minoria que se deixou seduzir e agora desperta de um pesadelo", disse o presidente.

Maduro ainda afirmou que todos os venezuelanos que retornaram ao país dentro do programa criado pelo governo, o Volta à Pátria, foram enganados depois de cruzarem a fronteira.

"Essas pessoas que retornaram da escravidão voltaram de outro mundo, do capitalismo", disse Maduro durante o evento.

Segundo dados divulgados pela ONU, 2,3 milhões de venezuelanos fugiram do país desde 2014. A maior parte deles foi para Colômbia, Equador, Peru e Brasil. Eles apontam a falta de alimentos como o principal motivo para fugir da Venezuela.